quarta-feira, 30 de julho de 2008

Everybody want's to rule the world

Uma «obra-prima» dos anos 80: Tears for Fears.



segunda-feira, 28 de julho de 2008

Balada do 5.º Ano Jurídico

Para todos aqueles que se preparam, com o mesmo entusiasmo de sempre, para iniciar o ensino superior, aqui fica um vídeo de fado, referente a uma das mais tocantes composições do género. É a célebre Balada do 5.º Ano Jurídico, datada de 1988/89, originalmente interpretada pela Toada Coimbrã e da autoria de Rui Lucas, António Vicente e João Paulo Sousa.
A versão aqui apresentada, do grupo de fados de Coimbra Lacrima, diz respeito à Serenata Monumental da Queima das Fitas de 2005. Passam os anos, mas o sentir é o mesmo. Afinal, é só a mais bela época das nossas vidas.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Exames - Resultados

Quem está a corrigir exames nacionais do 12.º ano assegura:
  1. Os resultados a Português vão ser, claramente, superiores aos da 1.ª fase (a prova da 2.ª era mais fácil e as instruções do GAVE vão no sentido de facilitar, facilitar e voltar a facilitar na correcção);
  2. Pelo contrário, os resultados a Matemática serão inferiores pelos motivos opostos aos do exame de Português.

É só esperar mais alguns dias...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Exame de Português (2.ª Fase) - Correcção

Grupo I

A

1. Alguns dos imprevistos, ou dificuldades, que a princesa D. Maria Bárbara enfrenta na sua viagem são os seguintes:
  • a chuva, aparentemente caída em abundância e repetidamente ("Voltou a chover..."), e o frio ("... já não chegava o péssimo tempo que faz, esta chuva, este frio...");
  • o clima adverso teve consequências e gerou outras dificuldades, como, por exemplo, a formação de "atoleiros";
  • o meio de transporte utilizado era deficiente e de muito má qualidade, de tal modo que os "eixos" das rodas se partiam e os "raios" se rachavam como "gravetos";
  • a visão que a princesa teve de "... um pardo ajuntamento de homens, alinhados na beira do caminho e atados uns aos outros por cordas...";
  • a visão do "espectáculo de grilhetas", na véspera do seu casamento, em que tudo deveria ser "ledice", deixa-a perturbada ("turbou-se").
2. O excerto transcrito traduz o contraste entre o ambiente de festa, de alegria, de regozijo, de celebração, que deveria caracterizar o casamento da princesa, e uma visão profundamente negativa da realidade que observa, uma realidade brutal e cruel, caracterizada pela situação de escravidão/escravatura a que são sujeitos os homens que vê na beira da estrada e que se dirigem para as obras de edificação do Convento de Mafra.

3. No excerto, existem diversos recursos estilísticos:
  • desde logo, talvez o mais fácil de detectar, a comparação ("... o convento é para si como um sonho sonhado..."), que remete para o facto de o Convento de Mafra ser uma espécie de sonho para a princesa, isto é, não ser uma realidade palpável, concreta, não obstante o facto de o mesmo existir, exclusivamente, por sua causa, dada a promessa feita pelo pai (início da obra);
  • na expressão acima destacada, podemos observar também uma espécie de pleonasmo ou redundância ("sonho sonhado"), com uma expressividade equivalente à da comparação;
  • em terceiro lugar, todo o parágrafo é dominado pela anáfora e pelo paralelismo ("Maria Bárbara não viu, não sabe, não tocou (...) não serviu, não aliviou, não enxugou..."), que, mais uma vez, destacam, por um lado, o facto de a princesa não ter consciência da existência do convento, não ser uma realidade que lhe marque a existência, e, por outro, o imenso sofrimento, a situação de escravidão e as condições desumanas a que estão sujeitos os homens que se dirigem para os trabalhos do convento;
  • por último, destaque para a metáfora ("... uma névoa impalpável..."), que remete para a dificuldade de Maria Bárbara visualizar o convento, de o tornar uma realidade concreta.
4. É possível dividir o texto nos seguintes momentos:
  • Os imprevistos que marcam a viagem da princesa;
  • A visão dos homens na beira da estrada e a sua perturbação, seguida do «episódio» com o oficial;
  • O desinteresse que a princesa demonstra, no 3.º parágrafo, relativamente à construção do convento, uma espécie de sonho impalpável para ela.

B

Relação Baltasar / Blimunda:
  • conhecem-se num auto-de-fé;
  • a relação é, inicialmente, abençoada pela mãe de Blimunda e, posteriormente, «oficializada» pelo padre Bartolomeu de Gusmão;
  • comunicam através do olhar, de gestos simples (o deixar a porta aberta, sinal de aceitação da parte de Blimunda, o sentar-se, o gesto de acender o lume na lareira, o servir da sopa e o acto de comerem pela mesma colher, sinal de aceitação mútua);
  • «casam» com a bênção do padre Bartolomeu de Gusmão, não cumprindo os preceitos religiosos;
  • a perda da virgindade de Blimunda está envolta num ritual de sangue que remete para a iniciação sexual do casal e o juramento de amor;
  • ...

Em suma, estamos perante:

  • uma relação de amor, de cumplicidade, de companheirismo;
  • uma união de livre vontade;
  • uma relação marcada por demonstrações espontâneas de amor espiritual e carnal, caracterizada por diversos jogos eróticos;
  • uma vivência activa e espontânea do amor e da sexualidade;
  • um casal que transgride os códigos estabelecidos: dormem nus, não casam segundo os cânones, entregam-se a carícias e jogos eróticos, não procriam, não olham a lugares, datas ou limites para consumarem o seu desejo;
  • a vivência de um amor instintivo, natural e genuíno, sem regras nem limites.

Todos estes aspectos contrastam com a relação do casal real, marcada pela ausência de amor (tratou-se de um casamento por contrato), pelo excesso de formalismos e de cerimónias, bem como por uma sexualidade encarada com o fim único de procriar, de dar um herdeiro à coroa, isto é, de onde está ausente o amor e o prazer.


Grupo II

. 1 - A
;

. 2 - B;

. 3 - B;

. 4 - C;

. 5 - A;

. 6 - A;

. 7:
  • A - Falso;
  • B - Verdadeiro;
  • C - Falso;
  • D - Verdadeiro;
  • E - Verdadeiro;
  • F - Falso;
  • G - Verdadeiro;
  • H - Verdadeiro;
  • I - Falso;
  • J - Verdadeiro.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Exames - Resultados

No espaço de cinco anos, as notas dos exames a Matemática subiram quase cinco valores. Mais: do ano passado para este, a subida foi de cerca de quatro valores... ou seja, no espaço de um ano.
O único comentário que este feito me merece é dar os parabéns aos alunos. Em simultâneo, espero que aqueles que não saibam consultem uma gramática e procurem o significado de IRONIA.








sexta-feira, 4 de julho de 2008

Lição de História: General Costa e Silva


O general Artur da Costa e Silva (1899 - 1969) foi um célebre presidente da República do Brasil entre 1967 e 1969, ano do seu passamento.

Mas o que fez este homem para ser assim «célebre»? Não foi certamente a ditadura, mas as anedotas que em redor da sua figura se construíram. Uma delas dava conta de uma inauguração de um arranha-céus em São Paulo e do espanto do homem pela altura de um determinado elevador. O seu espanto e a sua ignorância eram tais que perguntou: «Quem puxa isto?». Alguém lhe terá respondido: «Um cabo, Sr. Presidente!». «Um cabo?», perguntou, mais estupefacto, o homem. E, perante a confirmação da resposta, terá tido este momento de puro brilhantismo: «Promovam-no a sargento!»

Porém, a mais célebre bananada está relacionada com um discurso da figura, no qual afirmou: «Antes da revolução, o Brasil estava mesmo à beira do abismo. Comigo deu um grande passo em frente!»

Ainda hoje o Brasil não recuperou totalmente desse passo maldito.