quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Infâmia: AUSCHWITZ!

Para que nunca se esqueça: 27 de Janeiro de 1945, dia em que foi encerrada a máquina de morte de AUSCHWITZ!

Aula 34

. Devolução dos planos do texto de reflexão.


. Análise do poema "O dos Castelos".
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-----"O dos Castelos" é o primeiro poema de Mensagem, estando por isso inserido na primeira parte da obra, intitulada "Brasão" e, dentro desta, numa subparte, designada "Os Campos". O campo é a parte inferior do escudo nacional e tem duas partes: a dos Castelos e a das Quinas. Daqui surge o nome do poema: O (Campo) dos Castelos. Recordar que o outro poema que integra este primeiro «andamento» de Mensagem se intitula O (Campo) das Quinas.
-----Neste poema, Fernando Pessoa descreve a Europa e descreve-a como um ser feminino deitado sobre os cotovelos, fitando (ter presente a diferença semântica entre «olhar» e «fitar») «De Oriente a Ocidente», com «românticos cabelos» (que representam a herância cultural do Norte da Europa) e «olhos gregos» (que simbolizam a herança cultural do Sul europeu, a herança cultural grega). Por esta descrição, é fácil detectar a personificação da Europa, que se estende por toda a composição poética. Por outro lado, convém atentar na expressividade do verbo «jazer», que significa «estar deitado», mas também «estar morto ou como morto». Ora tal pode significar uma alusão à necessidade de despertar, de uma certa letargia, o continente europeu e conduzi-lo na senda da construção de um novo império. Seria interessante reflectir sobre o chamado projecto europeu (Comunidade Europeia) e num certo adormecimento da sua construção, bem como sobre as esperanças depositadas no Tratado de Lisboa.
-----A segunda estrofe começa por reflectir a disposição dos cotovelos: o esquerdo é representado pela Itália, enquanto o direito pela Inglaterra. Tal disposição reitera o que foi dito acerca dos cabelos e dos olhos, isto é, remete para as raízes culturais europeias: o Norte e o Sol, a cultura romântica e a cultura greco-latina.
-----Os versos 9 e 10 retomam a forma verbal «fita» e caracterizam o olhar da Europa: «esfíngico e fatal». Esta dupla adjectivação associa, à atitude expectante e contemplativa, as noções de enigma e de mistério (convém rememorar a lenda associada à Esfinge egípcia) com que a figura feminina «fita» o «Ocidente», que representa a sua vocação (da Europa, leia-se) histórica, isto é, o «futuro» que já desvendou no passado e que promete voltar a repetir-se futuramente. Ora, no último verso, Portugal é apresentado como o «rosto» da Europa, onde se situa o «tal» olhar que «fita» o «Ocidente». Associando os dois últimos versos do texto, podemos concluir, neste contexto, que o Ocidente constitui, efectivamente o «futuro do passado» (paradoxo), isto é, o trajecto que conduzirá Portugal a dar cumprimento à missão histórica que «repete» o passado (dos Descobrimentos). Em suma, o país de Camões e do próprio Pessoa será, metaforicamente, a locomotiva que guiará a Europa na senda desse futuro esperançoso.
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. Correcção da ficha de trabalho sobre a conjunção.

. Resolução de um exercício sobre a frase complexa.