segunda-feira, 30 de março de 2009

Balada da Despedida do VI Ano Médico

Serenata Monumental de 2005, grupo «Lacrima».

No vídeo, a família que surge por segundos...


quinta-feira, 19 de março de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bocage - "Auto-retrato"

Baixa, de olhos ruins, pardacenta,
Usando só de raiva e de impostura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Um mar de fel, malvada e quezilenta;

Arzinho confrangido que atormenta,
Sempre infeliz e de má catadura,
Mui perto de perder a compostura,
É cruel, mentirosa e rabugenta.

Rosto fechado, o gesto de fuinha,
Voz de lamento e ar de coitadinha,
Com pinta de raposa assustadinha,
É só veneno, a ditadorazinha.

Se não sabes quem é, dou-te uma pista:
Prepotente, mui gélida e sinistra,
Amarga, matreira e intriguista,
É autoritária... e é MINISTRA!


Aqui se conclui a publicação de um conjunto de adulterações de poemas de autores portugueses, célebres até há uns tempos, futuramente desconhecidos, porque não contemplados pelos actuais programas de português (com a excepção de Pessoa).

Gostaria muito de indicar a sua autoria, mas, infelizmente, é-me desconhecida. Os textos publicados a conta-gotas chegaram-me à mão através de uma colega, que, por sua vez, os recebeu por «e-mail».

Quando a maioria dos meus alunos for capaz de produzir textos semelhantes, sobre a minha pessoa, por exemplo, estaremos no bom caminho, pois revelarão, finalmente, um rasgo de criatividade, de boa disposição e de rebeldia que nada tem a ver com as imbecilidades que os caracterizam actualmente.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A Avaliação, segundo Santana... Castilho


Como é evidente, as opiniões expressas pelo entrevistado são questionáveis e discutíveis (assim deveria acontecer com tudo e todas). As questões dogmáticas são cada vez menos e restritas a determinadas áreas (a religiosa, por exemplo) e a determinados indivíduos que não admitem outra «verdade» que não a sua (sim, esse mesmo).

De qualquer forma, da entrevista permito-me destacar alguns pontos:

  1. A existência de dois sistemas de ensino, um real (o vivido nas escolas) e outro virtual (o da propaganda e da obsessão pelos números).

  2. O aumento da distância entre Portugal e a média europeia em diversos índices (o atraso passou de 29 para 51 anos).

  3. A diminuição dos gastos em Educação (cerca de 50%) tendo por referência o PIB.

  4. A obsessão pela apresentação de resultados (fictícios, virtuais).

  5. O aumento da violência escolar (e social), a promoção do facilitismo e do absentismo discente.

  6. A intoxicação da opinião pública pela máquina de propaganda governamental.

  7. A ausência de autonomia das escolas.

  8. A denúncia das Novas Oportunidades ("farsa").

  9. As soluções para a melhoria do ensino: SERIEDADE; CONFIANÇA nos professores; AUTONOMIA das escolas; noções de ESFORÇO, TRABALHO, EXIGÊNCIA.

  10. Malefícios do uso intensivo e desproporcionado das novas tecnologias em detrimento da actividade cerebral.

Este último ponto leva-me a, novamente, aludir a algo que discuto frequentemente com alguns colegas. Há uma franja da nova geração de professores que parece incapaz de leccionar sem o uso do power point, passando «slide» atrás de «slide», limitando-se a ler o que vai sendo projectado. A minha experiência diz-me duas coisas: a maioria dos alunos aborrece-se (ainda mais) com este tipo de «aulas»; esta metodologia é perigosa para os professores, pois, em última análise, leva a que não necessitem de se preocupar com o seu «saber», que passa a estar concentrado na máquina. Dito de outra forma, não precisam de dominar em profundidade os conhecimentos que leccionam.

Dá que pensar, não?

Passado e Presente

No tempo da Outra Senhora, dizia-se:

O António há-de morrer!
A Oliveira há-de secar!
O Sal há-de derreter!
E o azar há-de acacabar!

Enaganaram-se parcialmente, pois os seus netos dizem:

O António já morreu!
A Oliveira já secou!
O Sal já derreteu!
Mas a merda do azar não acabou!