Quando se luta, umas vezes ganha-se, outras perde-se. Quando não se luta, perde-se SEMPRE!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
AULAS
-----. Aula 2
-----. Aula 3
-----. Aula 4
-----. Aula 5
-----. Aula 6
-----. Aula 7
-----. Aula 8
-----. Aula 9
-----. Aula 10
-----. Aula 11
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-----. Aula 32
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-----. Aula 35
-----. Aula 36
domingo, 13 de dezembro de 2009
2.º teste: Correcção
1. 1. O drama do sujeito poético tem a ver com o facto de ter deixado de ser pastor, de ter perdido o cajado, as ovelhas e de ter deixado tocar a flauta, de ter sido ignorado, pois ninguém o ajudou («Ninguém lhe apareceu ou desapareceu…») e de ter sido um pastor amoroso que ninguém amou.
1.2. Os motivos que originaram esse drama foram o pensamento (“E, de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar.” – v. 3); a incapacidade para estabelecer comunicação, ser compreendido e compreender (“Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.” – v. 4); a falta de amor (“Ninguém o tinha amado, afinal.” – v. 6).
2.1. O sujeito poético recuperou do choque através da recusa do pensamento (“Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo…” – v. 7) e do retorno à Natureza (“Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre…” – v. 8).
3. O sujeito poético fala de si na terceira pessoa (“Quando se ergueu…”), à distância, para poder mais facilmente analisar o seu caso, como se fora de outrem, com maior objectividade.
Grupo II
1.
a) F
b) V
c) V
d) F
e) F
f) V
Grupo III
1.1.
1. – c
2. – a
3. – f
4. – b
5. – g
2.
1. – c
2. – a
3. – d
4. – b
5. – c
6. – a
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Se no meu tempo houvesse disto...
00h30m
HUGO SILVA
Câmara avançou com formação para professores e encarregados de educação.
Alunos de uma escola básica da Maia foram apanhados a ver pornografia nos computadores Magalhães. Alertada por professores, a Câmara avançou com uma formação para prevenir os pais dos riscos informáticos.
A Autarquia critica a falta de segurança dos portáteis. A situação deixou alarmada a comunidade escolar e está a preocupar os encarregados de educação. Muitos deles só agora tomam consciência de que é obrigatório ter mais atenção às novas ferramentas de ensino usadas pelas crianças.
As debilidades de segurança da máquina disponibilizada às crianças do Ensino Básico ficaram bem patentes quando docentes e auxiliares de Educação depararam, no próprio recinto escolar, com alunos a navegar por páginas de conteúdo pornográfico. O acesso a esse tipo de material está vedado através do controlo parental, mas, conforme explicaram técnicos municipais, basta uma simples pesquisa no google para conseguir a palavra-chave que desbloqueia o computador.
Um técnico da Câmara explicou que os computadores, por defeito, têm uma palavra-chave geral, o que facilita o desbloqueamento, sobretudo para crianças familiarizadas com a Informática desde muito cedo. O ideal, acrescentou, seria entregar os portáteis aos pais e atribuir, de imediato, uma palavra-chave própria. Um código que só os encarregados de educação saberiam e não estaria disponível na Internet.
"Os códigos e passwords [gerais] estão disponíveis em diferentes sites", insiste a Câmara, que ontem promoveu uma acção de formação para os professores das actividades extracurriculares ligadas à Informática das escolas do concelho.
Os docentes terão a responsabilidade de, posteriormente, dar formação gratuita aos pais. Os encarregados de educação passarão a conhecer os riscos inerentes à utilização do computador e quais as melhores formas de conseguir evitá-los. Problemas que, como é óbvio, não são exclusivos do "Magalhães". Qualquer computador exige atenção dos encarregados de educação.
Além dos sites com conteúdos pornográficos, a acção de formação alertou para os riscos das redes sociais ou chats (salas de conversação virtuais), através das quais as crianças podem ser aliciadas.
"Muitas vezes, os próprios pais não têm consciência dos perigos que os filhos correm quando estão na Internet", observou o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, autarca que confessa não ser, ele próprio, um especialista em matérias do mundo informático.
Blogues, telemóveis e correio electrónico foram outras das áreas abordadas na acção de formação. A partir de agora, decorrerão iniciativas do género em todos os agrupamentos escolares do concelho da Maia.
"A utilização da Internet tem alguns riscos associados, dos quais se deve ter consciência, para que se possa agir em conformidade e segurança. No entanto, e apesar dos riscos associados, o perigo é não a utilizar", alertaram os formadores.
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Bertrand Russel (1872-1970)
Aula 22
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-----. Tema: a efemeridade da vida.
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-----. Estrutura interna
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-----1.ª parte (v. 1 - v. 8) - a brevidade de vida:
----------» o sujeito poético ama as rosas do jardim de Adónis;
----------» as rosas:
---------------. têm vida curta (nascem no início e morrem no fim do dia);
---------------. simbolizam a brevidade / fugacidade da vida;
---------------. simbolizam a alegria, a felicidade e a beleza efémeras;
----------» a luz e o sol representam o dia, a vida;
----------» a noite simboliza a morte;
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Caeiro, o «Mestre»
- Sensacionismo: vive esclusivamente de sensações; sente sem pensar;
- Aceitação serena do mundo e da realidade;
- Poeta do real objectivo;
- Olhar ingénuo sobre o mundo.
Aula 20
. Análise crítica da frase «... aparecera em mim o meu mestre.».
. Leitura do poema "As rosas amo dos jardins de Adónis".
. Leitura, análise e esquematização do texto informativo da p. 69.
. Leitura das entradas da pág. 76.
. Correcção da ficha de trabalho sobre a coesão referencial.
. Apresentação da matriz do teste de avaliação.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Aula 19
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-----Definição de Modernismo: «Entende-se por Modernismo um movimento estético em que a literatura surge associada às artes plásticas e por elas influenciada, empreendido pela geração de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, sob o influxo da arte e da literatura mais avançadas na Europa, ou em uníssono com elas. Este movimento brota no segundo decénio do século XX, na sequência do Simbolismo (Camilo Pessanha) e do Saudosismo (Teixeira de Pascoaes).» (Jacinto do Prado Coelho, in Dicionário da Literatura).
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-----Delimitação:
- 1.ª perspectiva: desde finais do século XIX (cerca de 1890) até depois da Segunda Guerra Mundial, mesmo até finais dos anos 50 - Pós-Modernismo);
- 2.ª perspectiva: das vésperas da Primeira Guerra Mundial até à Segunda Guerra Mundial.
. Análise do poema XXXVI:
. Correcção do teste de avaliação.
. Chamada de atenção para alguns dos erros detectados e mais frequentes.
Aula 18
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-----Ideias centrais:
- A recusa do pensamento, da metafísica, do sentido oculto das coisas (= doença) ("Há metafísica bastante em não pensar em nada. / O que pensou eu do Mundo? / Sei lá o que penso do Mundo! / Se eu adoecesse pensaria nisso."; Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores...?");
- A aceitação do Mundo tal qual ele é e que só se conhece através das sensações, que «tudo ensinam» e que nenhum mistério encerram;
- A recusa da noção do Deus transcendente, invisível, impalpável, misterioso ("Não acredito em Deus porque nunca o vi."). Pelo contrário, Cadeiro aceita o Deus que está visível nas «coisas» da Natureza ("Mas se Deus é as flores e as árvores / (...) Então acredito nele a toda a hora (...)"), o que remete para os conceitos de paganismo e de panteísmo.
. Observação de textos informativos sobre o Modernismo.
. Entrega e correcção do teste escrito de avaliação.
domingo, 22 de novembro de 2009
Aula 16
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. A coesão textual.
Aula 15
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-
. Exercício de análise textual (p. 54 do manual).
. Ficha de trabalho sobre a coesão textual.
sábado, 21 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Vertentes da poesia de Pessoa
1. Vertente tradicional:
-----. composições marcadas pelo desencanto e pela melancolia (Cancioneiro) e que seguem na
-----. continuidade do lirismo português:
----------» uso da redondilha;
----------» uso do verso decassilábico;
----------» uso do verso curto (2 a 7 sílabas);
----------» uso da quadra, da quintilha e do soneto;
----------» gosto pelo popular: as referências ao mundo fantástico da infância, aos contos de fadas, às cantigas de embalar, à ama, etc.;
----------» recurso a linguagem simples, íntima e sóbria.
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-
2. Vertente modernista:
-----. ruptura com as práticas literárias, concretizadas nos
-----. heterónimos e no
-----. ortónimo e nos «ismos» que criou (Simbolismo, Paulismo e Interseccionismo);
-----. culto do vago, do subtil e do complexo;
-----. expressão do musical e subtil, do frio, do tédio e dos anseios de alma;
-----. não inclulcar normas de comportamento.
sábado, 14 de novembro de 2009
Profs... a culpa é deles!
-----É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores. Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
-----O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não. A menos que não se trate de falta de juízo, mas sim de amor ao sofrimento. O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais - até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
-----Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
-----Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo. Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano. Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola é a minha proposta.
-----Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança. Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Aula 17
.
-----O poema parte de uma «acção» praticada pelo sujeito poético - leitura incompleta de duas páginas de um livro de «um poeta místico», que lhe suscita uma reacção paradoxal: riso ou pranto. Desde logo, o facto de ter lido «quase» «duas páginas» significa que a leitura lhe desagradou, o que é «confirmado» pela comparação e antítese do verso 3, que sugerem os tais estados de espírito opostos. De facto, o sujeito poético não sabe se há-de rir ou chorar, pois não «consegue decidir-se» se o poeta místico é merecedor de escárnio (riso) ou de piedade (choro). Lendo o primeiro dístico, concluímos que os poetas místicos são doentes, são loucos, o que afirma uma das ideias-chave da poesia de Caeiro: a recusa do pensamento e do mistério das coisas, do misticismo, considerado(s) doença.
-
. Correcção de uma ficha de trabalho.
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. Resolução da actividade da página 62 do manual.
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. Resolução, para os alunos que terminaram a actividade anterior entretanto, da ficha de trabalho sobre a coesão interfrásica.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Poesia de Pessoa - Estilo
- aliterações;
- assonâncias;
- encavalgamento / transporte;
- rimas externas e internas;
- ritmo fluente;
- verso curto (2 a 7 sílabas);
- predomínio da quadra e da quintilha;
- paralelismo anafórico;
- eufonia;
- onomatopeia.
. Adjectivação expressiva.
. Economia de meios: sintaxe simples; vocabulário simples, sóbrio e nobre; verso curto; quadra e quintilha.
. Pontuação emotiva (interrogações, exclamações, reticências).
. Associações inesperadas (por vezes desvios sintácticos).
. Comparações e metáforas originais.
. Oximoros / paradoxos.
. Uso de símbolos tradicionais (água, rio, rei, espada, jardim...).
. Uso do presente do indicativo.
Poesia de Pessoa - Temas
. Identidade perdida e incapacidade de (auto-)definição: «Quem me dirá quem sou».
. Consciência do absurdo da existência.
. Tensão sinceridade / fingimento, consciência / inconsciência.
. Oposições sentir / pensar, pensamento / vontade, esperança / desilusão.
. Dor de pensar, de ser lúcido.
. Intelectualização das emoções.
. Estado(s) de alma negativo(s): egotismo, solidão, cepticismo, tédio, angústia, desespero, mágoa, dor, cansaço...
. Efemeridade da vida.
. Tempo como factor de fragmentação e desagregação.
. Tentativa de superação do estado de alma negativo através de:
- evocação nostálgica da infância, idade de ouro, símbolo de uma felicidade perdida e irrecuperável;
- refúgio no sonho, na música e na noite;
- criação dos heterónimos: «Sê plural como o Universo!».
Fernando Pessoa
---2. Estilo.
---3. Vertentes da poesia de Fernando Pessoa
---4. Origem dos heterónimos.
---5.
.
B. Alberto Caeiro
---2. Caeiro, o «Mestre».
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Aula 14
. Leitura detalhada do texto informativo da pág. 52 do manual.
. Leitura do poema I de O Guardador de Rebanhos.
. Leitura silenciosa da carta a Adolfo Casais Monteiro sobre a génese dos heterónimos.
. Resolução de uma ficha de trabalho relativa à carta.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Redacção criativa
domingo, 25 de outubro de 2009
Texto de reflexão
sábado, 24 de outubro de 2009
Aula 12
-----» Questionário sobre texto de Fernando Pessoa;
-----» Escolha múltipla (texto informativo);
-----» Funcionamento da língua (coesão textual e protótipos textuais).
-----» Elaboração de um texto de reflexão.
.Esclarecimento de dúvidas.
. Síntese de aspectos relativos à poética pessoana (temas e estilo).
. Dados sobre a heteronímia.
. Ficha de trabalho sobre a coesão textual.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Aula 11
. O contexto que envolve o surgimento do Modernismo:
- A repartição do território africano na Conferência de Berlim (1884-1885): na passagem do século XIX para o séc. XX, a Europa dominava política, económica e culturalmente o Mundo, tendo as potências industrializadas desenvolvido uma política expansionista, nomeadamente em África, no intuito de obter matérias-primas a baixos preços e chegar a novos mercados. O movimento expansionista acentuou a rivalidade entre as principais potências europeias. Para tenta diminuir estas rivalidades, os países com interesses em África decidiram, na Conferência de Berlim, repartir o território africano entre si, estabelecendo o princípio da ocupação efectiva: os territórios africanos deveriam pertencer aos países que os ocupassem de facto, em detrimento dos direitos históricos.
- O mapa Cor-de-Rosa: com o intuito de afirmar o seu poder em África, Portugal patrocinou algumas viagens de exploração e elaborou, em 1886, o mapa Cor-de-Rosa, que ilustrava a reivindicação nacional da posse dos territórios entre Angola e Moçambique.
- O ultimatum inglês (1890) e a revolta de 31 de Janeir de 1891: o projecto do mapa Cor-de-Rosa colidia com os interesses de Inglaterra, por isso este país enviou um ultimato ao governo de Portugal, exigindo a retirada das suas tropas do território situado entre Angola e Moçambique. Perante o grande poder político da Inglaterra, Portugal cedeu, evidenciando assim a fragilidade da sua colonização. O povo considerou o ultimato inglês uma humilhaçã nacional e acusou o rei defraqueza e de incapacidade para dirigir o país.
- O regicídio (1908): o descrédito da Monarquia foi ainda agravado por problemas económicos e financeiros. No sentido de superar as dificuldades, o rei D. Carlos enveredou por uma via repressiva, autorizando o chefe do governo, João Franco, a instaurar uma ditadura. Em 2 de Fevereiro de 1908, D. Carlos e o príncipe Luís Filipe foram assassinados, sucedendo-lhe no trono D. Manuel II, filho mais novo do rei, que demitiu João Franco.
- A implantação da República: apesar das dificuldades concedidas à oposição, o descontentamento continuou a aumentar. Em 5 de Outubro de 1910, implantou-se a República em Portugal. Foi então constituído um governo provisório, presidido por Teófilo Braga. Em 1911, foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou e aprovou a Constituição republicana e elegeu o primeiro Presidente da República, o Dr. Manuel de Arriaga.
- A Primeira Guerra Mundial (1914‑1918): na mesma altura, os estados europeus formavam alianças diplomáticas e militares que rapidamente levaram à corrida aos armamentos. A Europa vivia num clima de tensão. Quando o herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, foi assassinado por um estudante nacionalista sérvio, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Sucederam-se, de imediato, declarações de guerra entre os países pertencentes às alianças político-militares, originando a Primeira Guerra Mundial, na qual Portugal participou como aliado da França e da Inglaterra, tendo-se Fernando Pessoa manifestado contra essa participação. O elevado número de mortos apenas contribuiu para uma visão mais pessimista da existência.
- A revolução soviética de 1817.
- A agonia do regime republicano (1910—1926): os governos da Primeira República portuguesa empreenderam uma série de reformas. Na educação e na cultura, as reformas foram bem sucedidas, mas os aspectos sociais e económicos foram de difícil resolução.
- O golpe militar de 28 de Maio (1926): a incapacidade dos sucessivos governos em superarem a crise económico-financeira, o agravamento das condições de vida das populações e a instabilidade política tornaram propícios os movimentos de revolta contra o regime da Primeira República, que acabaria por ser derrubada no golpe militar de 1926, chefiado pelo general Gomes da Costa. Assim se instaurou a ditadura militar.
- A ascensão do fascismo e de Salazar: em 1928, foi eleito um novo Presidente da República, o general Óscar Carmona. A fim de resolver as dificuldades económico-financeiras, foi nomeado um novo Ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar. As medidas tomadas por Salazar trouxeram-lhe grande prestígio e influência, pelo que, em 1932, foi convidado para chefiar o governo. Em 1933, apresentou uma nova Constituição política, que marcava o início do Estado Novo, um regime ditatorial caracterizado pelos princípios de autoritarismo, conservadorismo e nacionalismo e pela cessação das liberdades individuais e colectivas.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Coesão textual
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Aula 10
. Análise do poema «Não sei, ama, onde era»:
- Tema: o desejo de fugir aos limites do «eu», impostos pela realidade, substituída pelo sonho, pelo desejo do imaginado.
- Assunto: narrativa de um sonho - era Primavera, o céu era azul e o sujeito poético estava num jardim de flores coloridas.
-----O poema assenta num certo tom dramático, dado estarmos perante um diálogo entre duas personagens em presença: uma delas é o sujeito poético (feminino) e outra é a sua ama, sendo visível uma relação de afectividade, de carinho e de comunicação mútua. A primeira representa o mundo da infância (discussão do sonho de ter sido feliz) e a segunda representa o mundo da idade adulta (a consciência da idade adulta, unida à dor de pensar e à perda).
-----À dúvida inicial do sujeito poético («Não sei, ama...»), fica apenas uma «meia-resposta», em torno da localização temporal (era Primavera, símbolo da infância) e espacial (o «jardim do rei», metáfora do Paraíso.
-----Outro elemento do sonho é o céu azul, símbolo da infância e ligado à ideia de pureza (note-se a reiteração três - número da perfeição - vezes do adjectivo «azul», intensificando assim a cor). Por outro lado, o sujeito poético «apresenta-se» como «rainha», associada a um certo poder e ao centro das atenções («... era tudo meu...»).
-----O jardim (símbolo do Éden) tinha flores (símbolo da beleza e da sensibilidade) de variadas cores (representando a diversidade, a alegria e a felicidade), no entanto o «eu» pensa (o verbo «saber» remete para o pensamento e para a ausência de espontaneidade) e «chora», sinal de dor e tristeza. Porquê? Por um lado, estamos, novamente, perante a temática da dor de pensar; por outro, estamos na presença da dor pela infância perdida e irrecuperável. A terceira resposta da ama às angústias da jovem é reveladora: os sonhos são dores, porque trazem consigo a desilusão e a frustração provocadas pela impossibilidade da sua concretização. A resposta seguinte traduz uma dose acentuada de fatalismo existencial («o resto é morrer»), bem como a consciência da efemeridade da vida.
-----A finalizar o poema, o sujeito poético dirige à ama um pedido: «Conta-me contos, ama...». Ora, o imperativo «conta» traduz o pedido da jovem para continuar a sonhar, enquanto os contos alimentam os sonhos dela, num desejo de recuperação da felicidade (infância) perdida, da magia, do mistério, do mundo encantado da infância.
-----Este poema integra-se na vertente lírica tradicional da obra pessoana:
- O diálogo entre a jovem e a ama, sua confidente;
- A referência aos contos de fadas / histórias de cantar;
- Os elementos dos contos tradicionais: reis / rainhas, jardim encantado, flores...;
- Os apartes parentéticos no fim de cada estrofe (relembra a poesia medieval);
- A estrutura formal.
domingo, 18 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Valor dos modos e tempos verbais
A. Modos verbais
1. Modo indicativo:
-----. exprime um facto encarado como real: «A aula de Português é hilariante.»
2. Modo conjuntivo:
-----. exprime uma ordem / proibição: «Não fales tão alto!»;
-----. exprime um desejo: «Espero que o Benfica seja campeão este ano.»;
-----. exprime uma dúvida: «Talvez os alunos anulem anulem a matrícula...»;
-----. ...
3. Modo imperativo:
-----. exprime uma ordem: «Faz o teste! Já!»;
-----. exprime uma súplica: «Valha-me Deus!»;
-----. exprime uma solicitação: «Queridos alunos, portai-vos bem!»;
-----. exprime um conselho: «Cardozo, treina os penaltys, para não falhares.».
4. Modo condicional
-----. traduz a realização de uma acção que depende de uma condição: «O Sporting seria campeão nacional de futebol, se jogasse alguma coisa que se visse.»;
-----. exprime, com delicadeza, um desejo: «Rui, importar-te-ias de fechar a janela?»;
-----. exprime uma dúvida: «A que horas teria chegado, ontem, o meu tio?».
-----Em suma:
----------1) O modo indicativo apresenta o acto de fala como real;
----------2) O modo conjuntivo apresenta o acto de fala como uma probabilidade, uma dúvida ou um desejo;
----------3) O modo condicional apresenta o acto de fala como uma hipótese dependente da realização de uma condição;
----------4) O modo imperativo exprime uma ordem, um conselho ou um pedido;
----------5) O modo infinitivo encara o acto de falar de forma genérica.
B. Tempos verbais
1. Presente:
------» traduz um facto / uma acção que ocorre em simultâneo à enunciação;
------» exprime uma duração prolongada;
------» exprime um facto habital;
------» apresenta um facto passado, aproximando-o da actualidade - é o chamado presente histórico.
2. Pretérito imperfeito:
------» apresenta um facto anterior ao momento da enunciação, contemporâneo de outro momento passado, apresentado como inacabado; traduz uma ideia de duração;
------» exprime delicadeza, para atenuar um pedido;
------» situa, vagamente, no tempo, lendas, contos, fábulas...;
------» pode ser usado em vez do modo condicional.
3. Pretérito perfeito:
------» traduz uma acção concluída antes do momento do acto de fala;
------» exprime a continuuidade ou repetição da acção (forma composta).
4. Pretérito mais-que-perfeito:
------» exprime um facto anterior a outro também passado.
5. Futuro
-----. simples:
-----------» remete para uma acção situada num momento posterior ao momento da enunciação;
-----------» pode exprimir uma ordem;
-----------» pode traduzir um pedido;
-----. composto:
-----------» remete para uma acção futura, anterior a outra acção futura já realizada.
Aula 9
1. Documentário sobre Pessoa (parte III)
-----1. Verdadeira
-----2. Falsa - Walt Whitman
-----3. Verdadeira
-----4. Falsa - vivia em permanente contacto com a família
-----5. Verdadeira
-----6. Falsa - a nova poesia portuguesa - revista «A Águia»
-----7. Verdadeira
-----8. Verdadeira
-----9. Verdadeira
-----10. Falsa - poeta clássico
-----11. Verdadeira
-----12. Verdadeira
2. Recursos poéticos de «Autopsicografia»
-----» As formas verbais «gira» e «entreter» sugerem a feição lúdica do poema.
-----» A expressão «finge tão completamente» contém o advérbio de intensidade «tão», que mostra o elevado grau de intensidade do acto de fingir, isto é, a superlativação desse acto, do fingimento.
-----» A frase declarativa «O poeta é um fingidor.» reflecte o cariz de texto teórico / programático da composição poética.
-----» A perífrase «... os que lêem o que escreve...» remete para um dos dois intervenientes fundamentais do processo poético / de criação artística: os leitores.
-----» A metáfora «calhas de roda» refere-se à razão.
-----» A metáfora «O poeta é um fingidor» significa que a poesia consiste no fingimento da realidade.
-----» A metáfora «comboio de corda» traduz a feição lúdica do poema.
-----» Na última estrofe, está presente a imagem, resultante da combinação de várias metáforas.
-----» A metonímia «o coração» remete para a sensibilidade, o sentir.
-----» Em torno do conceito de «razão» constrói-se outra metonímia, visto que simboliza o raciocínio, o pensamento.
-----» Ao longo de todo o poema, é visível a antítese entre razão e sentir.
3. Questionário de «Tudo o que faço ou medito» (corrigido através de «power point»).
. Análise sumário do poema «Gato que brincas na rua»:
-----»
. Valor dos modos e tempos verbais (vide Gramática).
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
Eleições autárquicas 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
«Não sei quantas almas tenho»
Aula 8
. Análise do poema «Ela canta, pobre ceifeira»:
- Tema: a dor de pensar, de ser lúcido, do qual derivam outras temáticas, como a consciência da brevidade da vida, o tédio/angústia existencial, a dispersão e o aniquilamento (final do texto).
- Estrutura interna
. 1.ª parte (estrofes 1 a 3): o sujeito poético observa uma ceifeira a cantar, canto esse que, aparentemente, traduz sensações positivas como a alegria, a felicidade, a suavidade («ondula», a espontaneidade (ceifa e canta). No entanto, desde logo se insinuam traços dissonantes: ela «julga-se» feliz, mas não o é, pois é «pobre» (= infeliz) e a sua voz encontra-se cheia de dor e de sofrimento («... e a sua voz, cheia / De alegre e anónima viuvez..." - vv. 3-4). O nome, juntamente com os adjectivos «alegre» e «anónima», exprimem a dor, o sofrimento, o luto mascarado de felicidade, indefinível e inqualificável («anónima»). Assim, o canto/a voz da ceifeira é alegre, cheio de vida, por isso encanta o sujeito, que se alegra por a ver feliz, mas que, por outro lado, se entristece porque sabe que a alegria da ceifeira se fica a dever apenas à sua insconsciência. De facto, se ela fosse capaz de tomar consciência da sua situação, não encontraria razões para cantar: a sua voz possui «curvas» pois nela há «o campo e a lida», isto é, o trabalho excessivo e mal remunerado, o sofrimento, a mulher transformada em instrumento produtivo. No entanto, como não tem consciência disso, ela é feliz.
. 2.ª parte (estrofes 4 a 6): representa os efeitos da audição do canto da ceifeira no sujeito poético. Este começa por confessar a submissão, em si, do sentimento à razão («O que em mim sente s'tá pensando»), contrastando com a ceifeira: ela é feliz porque é inconsciente, ele é infeliz porque é consciente - pensa. Daí os desejos (impossíveis de concretizar) que, seguidamente, expressa: deseja que a ceifeira continue a cantar e derrame nele a sua voz; deseja transformar-se nela, sem deixar de ser ele mesmo (isto é, possuir a inconsciência dela, mantendo a sua própria consciência); deseja que o céu, o campo e canção entrem em si, disponham da sua alma e o levem, acabando assim com o seu sofrimento. Ou seja, o sujeito poético anseia a dispersão, o aniquilamento para dessa forma terminar com o seu sofrimento, resultante da racionalização do sentir - dor de pensar.
- Estrutura externa/formal:
----------» 6 quadras - vertente tradicional da poesia de Fernando Pessoa;
----------» versos octossílabos;
----------» rima cruzada (abab);
- Conclusões:
----------» 1.ª) O sujeito poético é um ser infeliz porque pensa, porque racionaliza em excesso (v. 14), daí que inveje e admire a inconsciência e a espontaneidade da ceifeira;
----------» 2.ª) A ceifeira julga-se feliz, porque apenas sente, não racionaliza, não intelectualiuza as suas emoções. Deste modo, para o sujeito poético, a ceifeira e o seu canto constituem a metáfora da felicidade inatingível.
. Exercício de análise textual - poema «Tudo o que faço ou medito»:
-----1. Na primeira estrofe do poema, o sujeito poético confessa a sua frustração.
----------1.1. Identifique a causa que originou esse sentimento.
----------1.2. De que forma os versos 3 e 4 atestam a impossibilidade de realização do «querer»?
-----2. Interprete o sentido da antítese presente na segunda estrofe.
. Trabalho de casa:
-----» Leitura do poema «Gato que brincas na rua»;
-----» Elaboração do texto de reflexão, a partir do plano traçado individualmente;
-----» Resolução da seguinte ficha de trabalho:
B:
B:
C: