quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fim de uma década


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

AULAS

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domingo, 13 de dezembro de 2009

Enquanto o Benfica não é ultrapassado pelo F.C. Porto


Mais um abandono no Sporting...
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2.º teste: Correcção

Grupo I

1. 1.
O drama do sujeito poético tem a ver com o facto de ter deixado de ser pastor, de ter perdido o cajado, as ovelhas e de ter deixado tocar a flauta, de ter sido ignorado, pois ninguém o ajudou («Ninguém lhe apareceu ou desapareceu…») e de ter sido um pastor amoroso que ninguém amou.

1.2. Os motivos que originaram esse drama foram o pensamento (“E, de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar.” – v. 3); a incapacidade para estabelecer comunicação, ser compreendido e compreender (“Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.” – v. 4); a falta de amor (“Ninguém o tinha amado, afinal.” – v. 6).

2.1. O sujeito poético recuperou do choque através da recusa do pensamento (“Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo…” – v. 7) e do retorno à Natureza (“Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre…” – v. 8).

3. O sujeito poético fala de si na terceira pessoa (“Quando se ergueu…”), à distância, para poder mais facilmente analisar o seu caso, como se fora de outrem, com maior objectividade.



Grupo II

1.
a) F

b) V

c) V

d) F

e) F

f) V



Grupo III

1.1.

1. – c

2. – a

3. – f

4. – b

5. – g


2.
1. – c

2. – a

3. – d

4. – b

5. – c

6. – a

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Se no meu tempo houvesse disto...

Apanhados na escola a ver pornografia no Magalhães

00h30m

HUGO SILVA

Câmara avançou com formação para professores e encarregados de educação.

Alunos de uma escola básica da Maia foram apanhados a ver pornografia nos computadores Magalhães. Alertada por professores, a Câmara avançou com uma formação para prevenir os pais dos riscos informáticos.

A Autarquia critica a falta de segurança dos portáteis. A situação deixou alarmada a comunidade escolar e está a preocupar os encarregados de educação. Muitos deles só agora tomam consciência de que é obrigatório ter mais atenção às novas ferramentas de ensino usadas pelas crianças.

As debilidades de segurança da máquina disponibilizada às crianças do Ensino Básico ficaram bem patentes quando docentes e auxiliares de Educação depararam, no próprio recinto escolar, com alunos a navegar por páginas de conteúdo pornográfico. O acesso a esse tipo de material está vedado através do controlo parental, mas, conforme explicaram técnicos municipais, basta uma simples pesquisa no google para conseguir a palavra-chave que desbloqueia o computador.

Um técnico da Câmara explicou que os computadores, por defeito, têm uma palavra-chave geral, o que facilita o desbloqueamento, sobretudo para crianças familiarizadas com a Informática desde muito cedo. O ideal, acrescentou, seria entregar os portáteis aos pais e atribuir, de imediato, uma palavra-chave própria. Um código que só os encarregados de educação saberiam e não estaria disponível na Internet.

"Os códigos e passwords [gerais] estão disponíveis em diferentes sites", insiste a Câmara, que ontem promoveu uma acção de formação para os professores das actividades extracurriculares ligadas à Informática das escolas do concelho.

Os docentes terão a responsabilidade de, posteriormente, dar formação gratuita aos pais. Os encarregados de educação passarão a conhecer os riscos inerentes à utilização do computador e quais as melhores formas de conseguir evitá-los. Problemas que, como é óbvio, não são exclusivos do "Magalhães". Qualquer computador exige atenção dos encarregados de educação.

Além dos sites com conteúdos pornográficos, a acção de formação alertou para os riscos das redes sociais ou chats (salas de conversação virtuais), através das quais as crianças podem ser aliciadas.

"Muitas vezes, os próprios pais não têm consciência dos perigos que os filhos correm quando estão na Internet", observou o presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, autarca que confessa não ser, ele próprio, um especialista em matérias do mundo informático.

Blogues, telemóveis e correio electrónico foram outras das áreas abordadas na acção de formação. A partir de agora, decorrerão iniciativas do género em todos os agrupamentos escolares do concelho da Maia.

"A utilização da Internet tem alguns riscos associados, dos quais se deve ter consciência, para que se possa agir em conformidade e segurança. No entanto, e apesar dos riscos associados, o perigo é não a utilizar", alertaram os formadores.
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Fonte: JN

sábado, 28 de novembro de 2009

Bertrand Russel (1872-1970)


«O problema do mundo de hoje é que os estúpidos só têm certezas e os inteligentes estão cheios de dúvidas.»

Aula 22

. Análise do poema "As rosas amo dos jardins de Adónis":
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-----. Tema: a efemeridade da vida.
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-----. Estrutura interna
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-----1.ª parte (v. 1 - v. 8) - a brevidade de vida:
----------» o sujeito poético ama as rosas do jardim de Adónis;
----------» as rosas:
---------------. têm vida curta (nascem no início e morrem no fim do dia);
---------------. simbolizam a brevidade / fugacidade da vida;
---------------. simbolizam a alegria, a felicidade e a beleza efémeras;
----------» a luz e o sol representam o dia, a vida;
----------» a noite simboliza a morte;
----------» ao amar as rosas, o sujeito poético assume o desejo de um presente perpétuo, imutável, uma ilusão de eternidade ("A luz para elas é eterna").
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-----2.ª parte (v. 9 - v. 12) - Proposta de uma filosofia de vida:
----------» o sujeito poético incentiva a sua amada, Lídia, a, juntos, serem como as rosas de Adónis:
---------------. viver o dia presente como se ele fosse a vida toda;
---------------. ignorar voluntariamente o antes, isto é, o passado ("noite antes") e o depois, isto é, o futuro ("e após");
----------» causas:
---------------. a consciência da brevidade da vida;
---------------. a necessidade de aceitar a morte, de modo a evitar a dor e a angústia de nos sabermos efémeros (como as rosas de Adónis).
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-----. Características clássicas:
--------» o uso de personagens da mitologia clássica (Adónis, Apolo) e do onomástico (isto é, nome próprio) latino Lídia (recorrente nos poemas de Ricardo Reis);
--------» o uso de latinismos lexicais (ou palavras eruditas), como «volucres» ("voadoras", mas no poema com o sentido metafórico de «passageiras», «efémeras») e «inscientes»;
--------» o uso de latinismo sintácticos, como os hipérbatos (consistem na inversão da ordem natural daqs palavras na frase), por exemplo, nos quatro versos iniciais e nos quatro finais do poema - a ordem normal seria a seguinte: «Lídia, amo as rosas dos jardins de Adónis, amo essas rosas volucresm, que morrem em o dia em que nascem»; «Lída, façamos assim a nossa vida, o pouco que duramos, um dia, voluntariamente inscientes que há noite antes e após»;
--------» o uso das “rosas” como realidades naturais, símbolo da beleza delicada, da alegria e da felicidade, tomadas como termo analógico da felicidade a que o sujeito poético aspira, segundo o ideal do «carpe diem». De notar que a palavra “rosa” aparece muitas vezes nos poteas líricos latinos, sobretudo em Horácio e Virgílio;
--------» o pendor (tendência) realista, tão do agrado dos clássicos, que consiste em partir da natureza (rosas, sol), para caracterização do estado da alma, facto que aqui acontece por meio de analogias (semelhanças);
--------» o princípio epicurista e horaciano do «carpe diem»;
--------» o tema da efemeridade da vida.

. A coesão referencial.

. Ficha de trabalho sobre a coesão.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Caeiro, o «Mestre»

-----De acordo com a carta sobre a génese dos heterónimos, escrita por Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, Caeiro é o «mestre» dos restantes heterónimos e do próprio ortónimo: «... aparecera em mim o meu mestre.».
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-----Porquê o mestre? Desde logo, porque Caeiro é aquilo que Pessoa não conseguia ser, isto é, alguém que não procura qualquer sentido para a vida ou o universo, porque lhe basta aquilo que vê e sente em cada momento. De facto, Alberto Caeiro defende um conceito de VIDA que vai de encontro a esse ideal e que é marcado pelos seguintes traços:
  1. Sensacionismo: vive esclusivamente de sensações; sente sem pensar;
  2. Aceitação serena do mundo e da realidade;
  3. Poeta do real objectivo;
  4. Olhar ingénuo sobre o mundo.

Poesia de Caeiro


Aula 20

. Elaboração de um quadro de síntese das marcas temáticas e estilísticas de Caeiro.

. Análise crítica da frase «... aparecera em mim o meu mestre.

. Leitura do poema "As rosas amo dos jardins de Adónis".

. Leitura, análise e esquematização do texto informativo da p. 69.

. Leitura das entradas da pág. 76.

. Correcção da ficha de trabalho sobre a coesão referencial.

. Apresentação da matriz do teste de avaliação.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Aula 19

. Análise e esquematização dos textos alusivos ao Modernismo
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-----Definição de Modernismo: «Entende-se por Modernismo um movimento estético em que a literatura surge associada às artes plásticas e por elas influenciada, empreendido pela geração de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, sob o influxo da arte e da literatura mais avançadas na Europa, ou em uníssono com elas. Este movimento brota no segundo decénio do século XX, na sequência do Simbolismo (Camilo Pessanha) e do Saudosismo (Teixeira de Pascoaes).» (Jacinto do Prado Coelho, in Dicionário da Literatura).
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-----Delimitação:

  • 1.ª perspectiva: desde finais do século XIX (cerca de 1890) até depois da Segunda Guerra Mundial, mesmo até finais dos anos 50 - Pós-Modernismo);
  • 2.ª perspectiva: das vésperas da Primeira Guerra Mundial até à Segunda Guerra Mundial.
-----Génese - Textos que estiveram na origem do Modernismo português:
-----» Artigos publicados por Fernando Pessoa na revista "A Águia": «A Nova Poesia Portuguesa sociologicamente considerada» e «A Nova Poesia Portuguesa no seu aspecto psicológico»;
-----» Textos de Mário de Sá-Carneiro:
----------. primeiro livro de contos - Princípio -, em Outubro de 1912;
----------. composição do poema "Dispersão", entre Fevereiro e Maio de 1913;
----------. composição da novela O Homem dos Sonhos, em Março de 1913;
----------. composição da novela O Fixador de Instantes, em Julho de 1913;
----------. composição da novela Mistério, em Agosto de 1913;
----------. A Confissão de Lúcio, em Setembro de 1913.
-----» Outros textos de Fernando Pessoa:
----------. Na Floresta do Alheamento (1913);
----------. O Marinheiro (1913);
----------. poema «Pauis» (Fevereiro de 1914), que assinala a estreia poética de Pessoa e a ruptura com o saudosismo e que dá origem à primeira corrente cosmopolita e modernista chamada «Paulismo», ainda que efémera.
-----» Lançamento da revista Orpheu (2 números), em 1915, concretizando-se assim um projecto inicialmente pensado por Luís de Montalvor, ao regressar do Brasil.

. Análise do poema XXXVI:
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-----. Tema: a negação e crítica à poesia artificial e mecânica.
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-----. Desenvolvimento:
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-----O sujeito poético começa por se referir ironicamente a um «tipo» de poetas: aqueles que «não sabem florir», expressando um misto de espanto e tristeza ("Que triste não saber florir!") perante esses mesmos poetas que trabalham nos seus versos como os artífices (carpinteiros e trolhas) trabalham nas suas obras: polindo, ajustando, fazendo, desfazendo, refazendo. Ou seja, o sujeito poético critica a poesia mecânica e artificial que está aqui em causa.
-----Ora, por oposição a essa forma de criar poesia, ele defende a espontaneidade e a simplicidade do acto poético , que deve resultar da «imitação» da / da identificação com a Natureza, pela sua beleza e constante novidade, resultante de ser sempre igual.
-----E mesmo reconhecendo a impossibilidade de compreensão entre ele e as flores, o sujeito sabe que em ambos mora a verdade e que há uma "comum divindade" que lhes permite usufruir dos encantos da Terra, das "Estações contentes" e dos cânticos do vento (aqui reside o panteísmo sensualista e o sensacionismo puro da poesia de Caeiro). Para que isto suceda, deve evitar-se a abstracção do pensamento e privilegiar uma relação natural, espontânea ("como quem respira" com a "única casa artística" que é a "Terra toda").
-----Em suma, a poesia deve ser tão espontânea e natural como o acto de respirar ou de florir.

. Correcção do teste de avaliação.

. Chamada de atenção para alguns dos erros detectados e mais frequentes.

Aula 18

. Breve análise do poema V de O Guardador de Rebanhos:
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-----Ideias centrais:
  • A recusa do pensamento, da metafísica, do sentido oculto das coisas (= doença) ("Há metafísica bastante em não pensar em nada. / O que pensou eu do Mundo? / Sei lá o que penso do Mundo! / Se eu adoecesse pensaria nisso."; Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores...?");
  • A aceitação do Mundo tal qual ele é e que só se conhece através das sensações, que «tudo ensinam» e que nenhum mistério encerram;
  • A recusa da noção do Deus transcendente, invisível, impalpável, misterioso ("Não acredito em Deus porque nunca o vi."). Pelo contrário, Cadeiro aceita o Deus que está visível nas «coisas» da Natureza ("Mas se Deus é as flores e as árvores / (...) Então acredito nele a toda a hora (...)"), o que remete para os conceitos de paganismo e de panteísmo.
. Correcção da ficha de trabalho sobre coesão.

. Observação de textos informativos sobre o Modernismo.

. Entrega e correcção do teste escrito de avaliação.

Coesão textual

domingo, 22 de novembro de 2009

Aula 16

. Análise do poema IX de O Guardador de Rebanhos:
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-----Entre os versos 1 e 8 (1.ª parte), o sujeito poético associa os seus pensamentos ao rebanho e às sensações. Com isto, quer significar que recusa o pensamento, reduzindo-o a "sentir" com os sentidos. Só lhe interessa vivenciar o mundo que capta através das sensações: «pensar é não compreender». Tal como afirma no poema I, o pensamento gera infelicidade, daí a sua recusa. Tomando como exemplo os elementos da Natureza - flores e frutos -, assegura que os sentidos são o veículo prioritário para se relacionar e apreender o mundo: uma flor não se pensa, cheira-se; um fruto não tem sentido, tem sabor. O verbo «saber» tem aqui um duplo significado: por um lado, o fruto sabe àquilo que é; por outro, esse sabor transmite um saber, que é adquirido através dos sentidos. Assim se alcança a verdade, a que reside na Natureza.
-----A própria enumeração dos sentidos não é inocente: o sujeito privilegia a visão, depois a audição, o tacto e o olfacto, por último o gosto.
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-----Entre os versos 9 e 14 (2.ª parte), o sujeito poético declara aceitar alegremente a dor quando ela provém de um excesso natural e encontra na Natureza o seu bálsamo: «E me deito ao comprido na erva, / E fecho os olhos quentes, / Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, / Sei a verdade e sou feliz.». Alguma tristeza que transparece é resultante do excesso de sensações, mas é nestas e na comunhão com a Natureza que residem a realidade e a felicidade. Afinal, as coisas não têm significado, têm existência.
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-----Como é visível na maioria dos seus poemas, a poesia de Caeiro caracteriza-se pela irregularidade a nível estrófico, da métrica, da rima (versos brancos ou soltos) e do ritmo, geralmente binário, lento e longo, de acordo com o fluir da Natureza, que nunca tem pressa.

. A coesão textual.

Aula 15

. Conclusão da análise do poema I de O Guardador de Rebanhos.
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-----O sujeito poético começa por se declarar pastor por metáfora ("Eu nunca guardei rebanhos (...) / Mas é como se os guardasse..."). De facto, não é pastor, mas comporta-se como se o fosse, isto é, há uma parte de si que se comporta como tal: a alma, que é íntima da Natureza ("Conhece o sol e o vento..."). Com efeito, o sujeito poético estabelece com a Natureza uma relação de simbiose que se manifesta na forma como "conhece" os seus elementos e se liga a eles ("E anda pela mão das Estações...").
-----De pastor, o sujeito poético tem, à semelhança de Cesário Verde, o deambulismo, o andar constantemente e sem destino, contemplando a Natureza, concentrado numa actividade suprema: olhar ("E anda pela mão das Estações / A seguir e a olhar."). Esse contacto íntimo com a Natureza traz-lhe "toda a paz" e solidão que a ausência de "gente" faculta.
-----No entanto, no verso 9, o sujeito poético confessa-se «triste». Essa tristeza é causada pelo fim do dia, pelo pô-do-sol, ou seja, com a chegada da noite, ele ver-se-á praticamente impossibilitado de ver o que se passa em seu redor e a Natureza.
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-----A segunda estrofe identifica a «tristeza» com sossego. De facto, a tristeza é tranquila porque contém em si a naturalidade das coisas simples. No fundo, está aqui em destaque um traço característico da poesia de Caeiro: a aceitação do real tal como ele se apresenta, sem interferência do pensamento.
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-----Na terceira e na quarta estrofes, o sujeito poético sugere que a recusa do pensamento é a via para alcançar a paz e a felicidade. Os pensamentos surgem ruidosamente ("Com um ruído de chocalhos...") e ele tem pensa que sejam contentes, pois, "se o não soubesse", seria completamente feliz; assim é paradoxalmente "contente" e "triste", sendo que a tristeza lhe advém da consciência de saber = pensar. E tudo porque «pensar incomoda como andar à chuva», ou seja, o pensamento gera infelicidade.
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. Exercício de análise textual (p. 54 do manual).

. Ficha de trabalho sobre a coesão textual.

Origem dos heterónimos


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vertentes da poesia de Pessoa

-----Fernando Pessoa assimilou o passado literário do povo português e, simultaneamente, reflectiu na sua poesia as grandes inquietações humanas do primeiro quartel do século XX.
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1. Vertente tradicional:
-----. composições marcadas pelo desencanto e pela melancolia (Cancioneiro) e que seguem na
-----. continuidade do lirismo português:
----------» uso da redondilha;
----------» uso do verso decassilábico;
----------» uso do verso curto (2 a 7 sílabas);
----------» uso da quadra, da quintilha e do soneto;
----------» gosto pelo popular: as referências ao mundo fantástico da infância, aos contos de fadas, às cantigas de embalar, à ama, etc.;
----------» recurso a linguagem simples, íntima e sóbria.
-
-
2. Vertente modernista:
-----. ruptura com as práticas literárias, concretizadas nos
-----. heterónimos e no
-----. ortónimo e nos «ismos» que criou (Simbolismo, Paulismo e Interseccionismo);
-----. culto do vago, do subtil e do complexo;
-----. expressão do musical e subtil, do frio, do tédio e dos anseios de alma;
-----. não inclulcar normas de comportamento.

sábado, 14 de novembro de 2009

Profs... a culpa é deles!

-----Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.
-----É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores. Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.
-----O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não. A menos que não se trate de falta de juízo, mas sim de amor ao sofrimento. O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais - até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
-----Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.
-----Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo. Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano. Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola é a minha proposta.
-----Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança. Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.
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Ricardo Araújo Pereira, in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão

Gramática

. Concordância sujeito - verbo

. Protótipos textuais

. Valor dos modos e tempos verbais

. Coesão textual.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aula 17

. Análise do poema XXVIII:
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-----O poema parte de uma «acção» praticada pelo sujeito poético - leitura incompleta de duas páginas de um livro de «um poeta místico», que lhe suscita uma reacção paradoxal: riso ou pranto. Desde logo, o facto de ter lido «quase» «duas páginas» significa que a leitura lhe desagradou, o que é «confirmado» pela comparação e antítese do verso 3, que sugerem os tais estados de espírito opostos. De facto, o sujeito poético não sabe se há-de rir ou chorar, pois não «consegue decidir-se» se o poeta místico é merecedor de escárnio (riso) ou de piedade (choro). Lendo o primeiro dístico, concluímos que os poetas místicos são doentes, são loucos, o que afirma uma das ideias-chave da poesia de Caeiro: a recusa do pensamento e do mistério das coisas, do misticismo, considerado(s) doença.
-----A conjunção subordinativa causas que inicia a 3.ª estrofe («porque») remete para as causas, as razões que levam o sujeito poético a agir daquela forma: os poetas místicos atribuem segundos sentidos às «coisas», à Natureza, algo que ele rejeita, como é visível a partir do verso 9 e da conjunção coordenativa adversativa «mas» e das conjunções condicionais «se» que se lhe seguem, elementos de que se socorre para demonstrar que os elementos naturais são unicamente aquilo que os sentidos apreendem e lhe transmitem. De facto, para o sujeito poético, a realidade é constituída por aquilo que os sentidos captam, isto é, a Natureza é apenas aquilo que vemos, ouvimos, cheiramos, sem qualquer intervenção do pensamento. Esta é a verdade. Quando nos parece que existe algo mais para além daquilo que os sentidos captam, estamos perante «falsos pensamentos», perante uma «mentira» que «está em nós».
-----Na última estrofe, o sujeito poético retorna à sua pessoa para expressar o seu contentamento por não ser como "os poetas místicos", pois a sua «compreensão» da Natureza está limitada àquilo que vê ("... compreendo a Natureza por fora; / E não a compreendo por dentro..."). Este conceito reflecte-se nas (supostas) simplicidade e espontaneidade da sua poesia que, de tão natural e ausente de artifícios poéticos, se aproxima da prosa ("Por mim, escrevo a prosa dos meus versos...").
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. Correcção de uma ficha de trabalho.
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. Resolução da actividade da página 62 do manual.
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. Resolução, para os alunos que terminaram a actividade anterior entretanto, da ficha de trabalho sobre a coesão interfrásica.

TEXTOS INFORMATIVOS - MODERNISMO
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TAREFA:
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-----1) Ler os textos;
-----2) Fazer a sua síntese, por tópicos, de acordo com os itens:
----------1. Definição de Modernismo;
----------2. Delimitação periodológica;
----------3. Antecedentes do Modernismo.
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TEXTO 1
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-----«Tentemos, na sequência do que ficou dito, fixar algumas balizas cronológicas que demarcam o tempo histórico-literário do Modernismo. Numa perspectiva de largo alcance, pode dizer-se que o Modernismo se estende desde finais do século XIX (cerca de 1890, segundo alguns autores), até depois da 2.ª guerra mundial, mesmo até ao final dos anos 50, quando vão aflrando teorias e práticas culturais classificadas como pós-modernistas; numa perspectiva mais restrita, o Modernismo estende-se das vésperas da primeira guerra mundial até à segunda guerra mundial, sendo que os anos 20 e 30 são o seu tempo mais fecundo. Em Portugal, o aparecimento e a maturação do Modernismo relacionam-se com a relevância cultural assumida por algumas revistas e naturalmente pelos autores que nelas colaboram; os marcos decisivos da afirmação modernista são constituídos, em 1915, pelos dois números da revista Orpheu (um terceiro, já em provas, acabou por não vir a público). A par desta, outras revistas servem de lugar de manifestação literária e doutrinária do Modernismo português: Centauro e Exílio (1916), Contemporânea (1922 - 1926) e Athena (1924 - 1925); entre 1927 e 1940 publica-se a revista Presença, que não só faz ecoar o legado cultural da chamada Geração de Orpheu como, segundo alguns autores, pode ser considerada o órgão cultural de um segundo Modernismo português.»
Carlos Reis, in O Conhecimento da Literatura (pp. 455-456)
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TEXTO 2
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-----«Pode dizer-se que os artigos publicados por Fernando Pessoa, na revista A Águia em 1912, intitulados «A Nova Poesia Portuguesa sociologicamente considerada» e «A Nova Poesia Portuguesa no seu aspecto psicológico», foram a primeira manifestação pública - embora não publicamente assumida enquanto tal - sintomática de que algo iria mudar radicalmente no panorama das letras nacionais. Nestes hábeis enasaios, em que parece referir-se só ao Saudosismo quando anuncia a absoluta e completa novidade da «actual corrente literária», como lhe chamava nessa altura o poeta e jovem crítico estava no fundo a esboçar os fundamentos programáticos de «Orpheu». De facto, Pessoa, que será a personalidade mais relevante do ponto de vista da iniciativa teórica do Modernismo e de todas essas «forças vivas» em contínua e febril «ultrapassagem de inédito» que foram os «ismos», tentava então estabelecer os critérios estéticos - diferenciando-os do contexto poético saudosista e dos seus antecedentes simbolistas - e os pressupostos metafísicos que viriam a ser, na sua maior parte, os da futura «nova poesia».
-----Além deste marco simbólico inicial, podemos considerar que tanto a publicação do primeiro livro de contos de Sá-Carneiro, Princípio, em Outubro de 1912 e a composição de: - «Dispersão», entre Fevereiro e Maio de 1913; - três novelas - «O Homem dos Sonhos», «O Fixador de Instantes» e «Mistério», respectivamente de Março, Julho e Agosto de 1913 e, finalmente, - A Confissão de Lúcio, datada de Setembro desse mesmo ano, como, entre outros, «Na Floresta do Alheamento» e «O Marinheiro», ambos de 1913 e de Pessoa, são momentos importantes na génese de «Orpheu», de tomada de consciência e afirmação da sua singularidade estético-literária, que preparam a ulterior emancipação face ao grupo da «Renascença Portuguesa».
-----Em Fevereiro de 1914, Fernando Pessoa publicou no único número da revista A Renascença o importante poema «Paúis», que assinala, simultaneamente, a sua estreia poética e o momento de afirmação dos modernistas, que formaliza a ruptura com o que designavam, no habitual tom irreverente e esfíngico, como «lepidopterismo nacional». Tratava-se do afastamento em relação às hostes saudosistas, embora a formalização propriamente dita desta dissidência face ao grupo de Teixeira de Pascoaes só ocorra posteriormente através de uma carta enviada pelo poeta a Álvaro Pinto, secretário da revista A Águia. «Paúis» tornou-se emblemático, pois deu origem a uma primeira corrente cosmopolita e modernista chamada «paulismo».»
Carlos Reis, in Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea
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TEXTO 3
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-----Dicionário da Literatura, direcção de Jacinto do Prado Coelho, vol. II, verbete referente ao Modernismo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Poesia de Pessoa - Estilo

. Musicalidade:
  • aliterações;
  • assonâncias;
  • encavalgamento / transporte;
  • rimas externas e internas;
  • ritmo fluente;
  • verso curto (2 a 7 sílabas);
  • predomínio da quadra e da quintilha;
  • paralelismo anafórico;
  • eufonia;
  • onomatopeia.
. Simplicidade formal.

. Adjectivação expressiva.

. Economia de meios: sintaxe simples; vocabulário simples, sóbrio e nobre; verso curto; quadra e quintilha.

. Pontuação emotiva (interrogações, exclamações, reticências).

. Associações inesperadas (por vezes desvios sintácticos).

. Comparações e metáforas originais.

. Oximoros / paradoxos.

. Uso de símbolos tradicionais (água, rio, rei, espada, jardim...).

. Uso do presente do indicativo.

Poesia de Pessoa - Temas

. Fingimento (enquanto alienação de si próprio, processo criativo e máscara).

. Identidade perdida e incapacidade de (auto-)definição: «Quem me dirá quem sou».

. Consciência do absurdo da existência.

. Tensão sinceridade / fingimento, consciência / inconsciência.

. Oposições sentir / pensar, pensamento / vontade, esperança / desilusão.

. Dor de pensar, de ser lúcido.

. Intelectualização das emoções.

. Estado(s) de alma negativo(s): egotismo, solidão, cepticismo, tédio, angústia, desespero, mágoa, dor, cansaço...

. Efemeridade da vida.


. Tempo como factor de fragmentação e desagregação.

. Tentativa de superação do estado de alma negativo através de:

  • evocação nostálgica da infância, idade de ouro, símbolo de uma felicidade perdida e irrecuperável;
  • refúgio no sonho, na música e na noite;
  • criação dos heterónimos: «Sê plural como o Universo!».



Fernando Pessoa

A. Fernando Pessoa Ortónimo
---1. Temática.

---2. Estilo.


---3. Vertentes da poesia de Fernando Pessoa

---4. Origem dos heterónimos.

---5.
.

.
B. Alberto Caeiro

---1. Marcas temáticas e estilísticas.
---2. Caeiro, o «Mestre».


C. Ricardo Reis


D. Álvaro de Campos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aula 14

. As vertentes da poesia de Fernando Pessoa.

. Leitura detalhada do texto informativo da pág. 52 do manual.

. Leitura do poema I de O Guardador de Rebanhos.

. Leitura silenciosa da carta a Adolfo Casais Monteiro sobre a génese dos heterónimos.

. Resolução de uma ficha de trabalho relativa à carta.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Redacção criativa

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-----Na Escola Básica Integrada de... (Ilha de S. Miguel, Açores), a professora pediu aos alunos que elaborassem uma composição sobre a (sua) escola.
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-----Um dos alunos escreveu o seguinte: «A minha escola é pequena, mas muito bem arranjada. A minha escola é como se fosse um jardim. Nós, os alunos, somos as flores e a senhora professora é como se fosse um monte de estrume que nos faz crescer, belos e fortes

domingo, 25 de outubro de 2009

Texto de reflexão

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-----O texto de reflexão pertence ao protótipo textual argumentativo, logo implica a abordagem e ponderação sobre um determinado assunto/tema, tendo em atenção as circunstâncias, as causas e consequências, os prós e os contras, a necessidade de apresentar argumentos para justificar a opinião/o juízo crítico formulado e de contra-argumentar, se for caso disso, sustentados em exemplos.
-
1. Planificação
-
a. Pensar no problema/tema em questão, tendo em conta os textos e as problemáticas estudadas e a sua cultura pessoal.
-
b. Adoptar uma estratégia argumentativa: prosseguir uma argumentação? Defender uma tese? Refutá-la? Apresentar um ponto de vista/um juízo crítico?
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-----» Se se trata de prosseguir uma argumentação, é necessário:
----------. ter em conta a posição do locutor;
----------. reformular o seu ponto de vista;
----------. encontrar outros argumentos e outros exemplos para o justificar.
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-----» Para defender uma tese, é necessário:
----------. explicitar o ponto de vista que se quer defender;
----------. aprofundar e enriquecer o ponto de vista adoptado.
.
-----» Para refutar uma tese, é necessário:
----------. ter em conta a posição contrária;
----------. estar parcialmente de acordo com a posição contrária (concessão);
----------. refutar os argumentos do adversário com (contra-) argumentos.
.
-----» Para apresentar um ponto de vista, é necessário:
----------. desenvolver sucessivamente os pontos de vista diferentes com argumentos e exemplos;
----------. rever os pontos de vista iniciais para salientar um ponto de vista ou para chegar a uma nova posição ou ponto de vista.
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2. Textualização
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-----. Género: fazer um elogio.
-----. Intenção: elogiar, defender, justificar, suscitar a adesão do leitor.
-----. Características textuais:
----------» vocabulário elogioso;
----------» processos de valorização (hipérboles, superlativos, ênfase, etc.).
.
-----. Género: fazer uma crítica.
-----. Intenção: criticar, atacar, condenar, suscitar rejeição.
-----. Características textuais:
----------» vocabulário negativo/pejorativo;
----------» processos de desvalorização (ironia, sarcasmo, argumentos, etc.).
.
-----. Género: fazer um discurso.
-----. Intenção: convencer um auditório, sensibilizá-lo para o fazer aderir, provocá-lo para o fazer reagir (um discurso é pronunciado em público).
-----. Características textuais:
----------» interrogações retóricas;
----------» interjeições;
----------» imperativos, construções de ordem ou de pedido;
----------» apóstrofes, marcas de 2.ª pessoa, invectivas;
----------» pontuação expressiva (exclamações, interrogações);
----------» eloquência oratória (ritmos binários ou ternários, paralelismos, hipérboles, etc.);
----------» expressão da subjectividade (modalizadores, verbos valorativos).
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-----. Género: produzir um ensaio.
-----. Intenção: exprimir um ponto de vista sobre um tema, envolver-se num debate.
-----. Características textuais:
----------» marcas de 1.ª pessoa;
----------» formulação de uma opinião;
----------» defesa de uma tese, sustentada em argumentos e exemplos;
----------» generalização de uma experiência pessoal.
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3. Revisão
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a. Correcção linguística:
-----. respeito pela ortografia;
-----. respeito pelas normas da sintaxe;
-----. uso correcto da pontuação;
-----. utilização de vocabulário preciso, correcto e adequado;
-----. uso de um registo de língua apropriado.
.
b. Conteúdo:
-----. respeito pelo tema;
-----. respeito pela estrutura formal do género textual seleccionado;
-----. escolha da forma de enunciação.
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c. Qualidade da argumentação:
-----. respeito pelo tema formulado pelo enunciado;
-----. escolha pertinente de argumentos destinados a convencer;
-----. escolha apropriada dos exemplos;
-----. utilização adequada dos exemplos;
-----. articulação lógica dos argumentos;
-----. coerência da tese a demonstrar;
-----. coesão do texto (conectores, tempos verbais).

sábado, 24 de outubro de 2009

Aula 13

. Teste escrito de avaliação.

Aula 12

. Matriz do teste:
-----» Questionário sobre texto de Fernando Pessoa;
-----» Escolha múltipla (texto informativo);
-----» Funcionamento da língua (coesão textual e protótipos textuais).
-----» Elaboração de um texto de reflexão.

.Esclarecimento de dúvidas.

. Síntese de aspectos relativos à poética pessoana (temas e estilo).

. Dados sobre a heteronímia.

. Ficha de trabalho sobre a coesão textual.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Aula 11

. Reflexão,após entrega dos trabalhos de análise textual, acerca de alguns erros de escrita detectados.

. O contexto que envolve o surgimento do Modernismo:
  1. A repartição do território africano na Conferência de Berlim (1884-1885): na passagem do século XIX para o séc. XX, a Europa dominava política, económica e culturalmente o Mundo, tendo as potências industrializadas desenvolvido uma política expansionista, nomeadamente em África, no intuito de obter matérias-primas a baixos preços e chegar a novos mercados. O movimento expansionista acentuou a rivalidade entre as principais potências europeias. Para tenta diminuir estas rivalidades, os países com interesses em África decidiram, na Conferência de Berlim, repartir o território africano entre si, estabelecendo o princípio da ocupação efectiva: os territórios africanos deveriam pertencer aos países que os ocupassem de facto, em detrimento dos direitos históricos.
  2. O mapa Cor-de-Rosa: com o intuito de afirmar o seu poder em África, Portugal patrocinou algumas viagens de exploração e elaborou, em 1886, o mapa Cor-de-Rosa, que ilustrava a reivindicação nacional da posse dos territórios entre Angola e Moçambique.
  3. O ultimatum inglês (1890) e a revolta de 31 de Janeir de 1891: o projecto do mapa Cor-de-Rosa colidia com os interesses de Inglaterra, por isso este país enviou um ultimato ao governo de Portugal, exigindo a retirada das suas tropas do território situado entre Angola e Moçambique. Perante o grande poder político da Inglaterra, Portugal cedeu, evidenciando assim a fragilidade da sua colonização. O povo considerou o ultimato inglês uma humilhaçã nacional e acusou o rei defraqueza e de incapacidade para dirigir o país.
  4. O regicídio (1908): o descrédito da Monarquia foi ainda agravado por problemas económicos e financeiros. No sentido de superar as dificuldades, o rei D. Carlos enveredou por uma via repressiva, autorizando o chefe do governo, João Franco, a instaurar uma ditadura. Em 2 de Fevereiro de 1908, D. Carlos e o príncipe Luís Filipe foram assassinados, sucedendo-lhe no trono D. Manuel II, filho mais novo do rei, que demitiu João Franco.
  5. A implantação da República: apesar das dificuldades concedidas à oposição, o descontentamento continuou a aumentar. Em 5 de Outubro de 1910, implantou-se a República em Portugal. Foi então constituído um governo provisório, presidido por Teófilo Braga. Em 1911, foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou e aprovou a Constituição republicana e elegeu o primeiro Presidente da República, o Dr. Manuel de Arriaga.
  6. A Primeira Guerra Mundial (1914‑1918): na mesma altura, os estados europeus formavam alianças diplomáticas e militares que rapidamente levaram à corrida aos armamentos. A Europa vivia num clima de tensão. Quando o herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, foi assassinado por um estudante nacionalista sérvio, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Sucederam-se, de imediato, declarações de guerra entre os países pertencentes às alianças político-militares, originando a Primeira Guerra Mundial, na qual Portugal participou como aliado da França e da Inglaterra, tendo-se Fernando Pessoa manifestado contra essa participação. O elevado número de mortos apenas contribuiu para uma visão mais pessimista da existência.
  7. A revolução soviética de 1817.
  8. A agonia do regime republicano (1910—1926): os governos da Primeira República portuguesa empreenderam uma série de reformas. Na educação e na cultura, as reformas foram bem sucedidas, mas os aspectos sociais e económicos foram de difícil resolução.
  9. O golpe militar de 28 de Maio (1926): a incapacidade dos sucessivos governos em superarem a crise económico-financeira, o agravamento das condições de vida das populações e a instabilidade política tornaram propícios os movimentos de revolta contra o regime da Primeira República, que acabaria por ser derrubada no golpe militar de 1926, chefiado pelo general Gomes da Costa. Assim se instaurou a ditadura militar.
  10. A ascensão do fascismo e de Salazar: em 1928, foi eleito um novo Presidente da República, o general Óscar Carmona. A fim de resolver as dificuldades económico-financeiras, foi nomeado um novo Ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar. As medidas tomadas por Salazar trouxeram-lhe grande prestígio e influência, pelo que, em 1932, foi convidado para chefiar o governo. Em 1933, apresentou uma nova Constituição política, que marcava o início do Estado Novo, um regime ditatorial caracterizado pelos princípios de autoritarismo, conservadorismo e nacionalismo e pela cessação das liberdades individuais e colectivas.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Coesão textual

-----Por estes dias, nas nossas aulas, revêem-se os conteúdos gramaticais referentes à coesão textual, procurando, dessa forma, contribuir para aperfeiçoar a escrita dos alunos. Ora, uma das questões em que os discentes tropeçam alegremente é a que tem a ver com a regência verbal.
-----Um dos verbos de que nos socorremos para exemplificar estes conteúdos é o verbo «gostar», que rege a preposição «de», fazendo-o contrastar com o seu primo «amar», sem preposição: «Eu gosto da minha mulher.» # «Eu amo a minha mulher.» E é neste contexto que somos surpreendidos com esta frase/pergunta da ex-ministra da Educação: «E o que é que gostas mais nesta escola?» O que a senhora professora do ensino superior deveria ter dito era, no mínimo, isto: «E do que é que gostas mais nesta escola?»
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-----Por outro lado, igualmente interessante é a resposta do aluno: qual Fernando Pessoa, para quem o melhor do mundo eram as crianças, para ele o melhor da escola é a professora. Parece-me uma bela lembrança, em jeito de despedida, para a sr.ª ex-ministra recordar os mais de quatro anos em que titulou a pasta da Educação.
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-----»Requiescat in pace!»

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aula 10

. Valor dos modos e tempos verbais (conclusão - exercícios).

. Análise do poema «Não sei, ama, onde era»:

  • Tema: o desejo de fugir aos limites do «eu», impostos pela realidade, substituída pelo sonho, pelo desejo do imaginado.

  • Assunto: narrativa de um sonho - era Primavera, o céu era azul e o sujeito poético estava num jardim de flores coloridas.

-----O poema assenta num certo tom dramático, dado estarmos perante um diálogo entre duas personagens em presença: uma delas é o sujeito poético (feminino) e outra é a sua ama, sendo visível uma relação de afectividade, de carinho e de comunicação mútua. A primeira representa o mundo da infância (discussão do sonho de ter sido feliz) e a segunda representa o mundo da idade adulta (a consciência da idade adulta, unida à dor de pensar e à perda).

-----À dúvida inicial do sujeito poético («Não sei, ama...»), fica apenas uma «meia-resposta», em torno da localização temporal (era Primavera, símbolo da infância) e espacial (o «jardim do rei», metáfora do Paraíso.

-----Outro elemento do sonho é o céu azul, símbolo da infância e ligado à ideia de pureza (note-se a reiteração três - número da perfeição - vezes do adjectivo «azul», intensificando assim a cor). Por outro lado, o sujeito poético «apresenta-se» como «rainha», associada a um certo poder e ao centro das atenções («... era tudo meu...»).

-----O jardim (símbolo do Éden) tinha flores (símbolo da beleza e da sensibilidade) de variadas cores (representando a diversidade, a alegria e a felicidade), no entanto o «eu» pensa (o verbo «saber» remete para o pensamento e para a ausência de espontaneidade) e «chora», sinal de dor e tristeza. Porquê? Por um lado, estamos, novamente, perante a temática da dor de pensar; por outro, estamos na presença da dor pela infância perdida e irrecuperável. A terceira resposta da ama às angústias da jovem é reveladora: os sonhos são dores, porque trazem consigo a desilusão e a frustração provocadas pela impossibilidade da sua concretização. A resposta seguinte traduz uma dose acentuada de fatalismo existencial («o resto é morrer»), bem como a consciência da efemeridade da vida.

-----A finalizar o poema, o sujeito poético dirige à ama um pedido: «Conta-me contos, ama...». Ora, o imperativo «conta» traduz o pedido da jovem para continuar a sonhar, enquanto os contos alimentam os sonhos dela, num desejo de recuperação da felicidade (infância) perdida, da magia, do mistério, do mundo encantado da infância.

-----Este poema integra-se na vertente lírica tradicional da obra pessoana:

  • O diálogo entre a jovem e a ama, sua confidente;
  • A referência aos contos de fadas / histórias de cantar;
  • Os elementos dos contos tradicionais: reis / rainhas, jardim encantado, flores...;
  • Os apartes parentéticos no fim de cada estrofe (relembra a poesia medieval);
  • A estrutura formal.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Valor dos modos e tempos verbais

Valor dos modos e tempos verbais


A. Modos verbais

1. Modo indicativo:
-----. exprime um facto encarado como real: «A aula de Português é hilariante.»

2. Modo conjuntivo:
-----. exprime uma ordem / proibição: «Não fales tão alto!»;
-----. exprime um desejo: «Espero que o Benfica seja campeão este ano.»;
-----. exprime uma dúvida: «Talvez os alunos anulem anulem a matrícula...»;
-----. ...

3. Modo imperativo:
-----. exprime uma ordem: «Faz o teste! Já!»;
-----. exprime uma súplica: «Valha-me Deus!»;
-----. exprime uma solicitação: «Queridos alunos, portai-vos bem!»;
-----. exprime um conselho: «Cardozo, treina os penaltys, para não falhares.».

4. Modo condicional
-----. traduz a realização de uma acção que depende de uma condição: «O Sporting seria campeão nacional de futebol, se jogasse alguma coisa que se visse.»;
-----. exprime, com delicadeza, um desejo: «Rui, importar-te-ias de fechar a janela?»;
-----. exprime uma dúvida: «A que horas teria chegado, ontem, o meu tio?».


-----Em suma:
----------1) O modo indicativo apresenta o acto de fala como real;
----------2) O modo conjuntivo apresenta o acto de fala como uma probabilidade, uma dúvida ou um desejo;
----------3) O modo condicional apresenta o acto de fala como uma hipótese dependente da realização de uma condição;
----------4) O modo imperativo exprime uma ordem, um conselho ou um pedido;
----------5) O modo infinitivo encara o acto de falar de forma genérica.

B. Tempos verbais

1. Presente:
----- traduz um facto / uma acção que ocorre em simultâneo à enunciação;
----- exprime uma duração prolongada;
----- exprime um facto habital;
----- apresenta um facto passado, aproximando-o da actualidade - é o chamado presente histórico.

2. Pretérito imperfeito:
----- apresenta um facto anterior ao momento da enunciação, contemporâneo de outro momento passado, apresentado como inacabado; traduz uma ideia de duração;
----- exprime delicadeza, para atenuar um pedido;
----- situa, vagamente, no tempo, lendas, contos, fábulas...;
----- pode ser usado em vez do modo condicional.

3. Pretérito perfeito:
----- traduz uma acção concluída antes do momento do acto de fala;
----- exprime a continuuidade ou repetição da acção (forma composta).

4. Pretérito mais-que-perfeito:
----- exprime um facto anterior a outro também passado.

5. Futuro
-----. simples:
----------
remete para uma acção situada num momento posterior ao momento da enunciação;
---------- pode exprimir uma ordem;
----------
pode traduzir um pedido;
-----. composto:
----------
remete para uma acção futura, anterior a outra acção futura já realizada.

Aula 9

. Correcção de trabalhos em atraso:

1. Documentário sobre Pessoa (parte III)
-----1. Verdadeira
-----2. Falsa - Walt Whitman
-----3. Verdadeira
-----4. Falsa - vivia em permanente contacto com a família
-----5. Verdadeira
-----6. Falsa - a nova poesia portuguesa - revista «A Águia»
-----7. Verdadeira
-----8. Verdadeira
-----9. Verdadeira
-----10. Falsa - poeta clássico
-----11. Verdadeira
-----12. Verdadeira

2. Recursos poéticos de «Autopsicografia»
-----» As formas verbais «gira» e «entreter» sugerem a feição lúdica do poema.
-----» A expressão «finge tão completamente» contém o advérbio de intensidade «tão», que mostra o elevado grau de intensidade do acto de fingir, isto é, a superlativação desse acto, do fingimento.
-----» A frase declarativa «O poeta é um fingidor.» reflecte o cariz de texto teórico / programático da composição poética.
-----» A perífrase «... os que lêem o que escreve...» remete para um dos dois intervenientes fundamentais do processo poético / de criação artística: os leitores.
-----» A metáfora «calhas de roda» refere-se à razão.
-----» A metáfora «O poeta é um fingidor» significa que a poesia consiste no fingimento da realidade.
-----» A metáfora «comboio de corda» traduz a feição lúdica do poema.
-----» Na última estrofe, está presente a imagem, resultante da combinação de várias metáforas.
-----» A metonímia «o coração» remete para a sensibilidade, o sentir.
-----» Em torno do conceito de «razão» constrói-se outra metonímia, visto que simboliza o raciocínio, o pensamento.
-----» Ao longo de todo o poema, é visível a antítese entre razão e sentir.

3. Questionário de «Tudo o que faço ou medito» (corrigido através de «power point»).

. Análise sumário do poema «Gato que brincas na rua»:
-----»

. Valor dos modos e tempos verbais (vide Gramática).

domingo, 11 de outubro de 2009

Eleições autárquicas 2009

-----Votar, dizem, é um acto de cidadania. Até ao terceiro ciclo há uma área chamada Educação para a Cidadania. Assim sendo, quem quiser acompanhar os resultados eleitorais, isto é, de um acto de cidadania, pode fazê-lo aqui a partir das vinte horas.

sábado, 10 de outubro de 2009

«Não sei quantas almas tenho»

-----Uma análise, em «podcast», do poema «Não sei quantas almas tenho»:




Aula 8

. Devolução do plano de texto (já corrigido).

. Análise do poema «Ela canta, pobre ceifeira»:

  • Tema: a dor de pensar, de ser lúcido, do qual derivam outras temáticas, como a consciência da brevidade da vida, o tédio/angústia existencial, a dispersão e o aniquilamento (final do texto).

  • Estrutura interna

. 1.ª parte (estrofes 1 a 3): o sujeito poético observa uma ceifeira a cantar, canto esse que, aparentemente, traduz sensações positivas como a alegria, a felicidade, a suavidade («ondula», a espontaneidade (ceifa e canta). No entanto, desde logo se insinuam traços dissonantes: ela «julga-se» feliz, mas não o é, pois é «pobre» (= infeliz) e a sua voz encontra-se cheia de dor e de sofrimento («... e a sua voz, cheia / De alegre e anónima viuvez..." - vv. 3-4). O nome, juntamente com os adjectivos «alegre» e «anónima», exprimem a dor, o sofrimento, o luto mascarado de felicidade, indefinível e inqualificável («anónima»). Assim, o canto/a voz da ceifeira é alegre, cheio de vida, por isso encanta o sujeito, que se alegra por a ver feliz, mas que, por outro lado, se entristece porque sabe que a alegria da ceifeira se fica a dever apenas à sua insconsciência. De facto, se ela fosse capaz de tomar consciência da sua situação, não encontraria razões para cantar: a sua voz possui «curvas» pois nela há «o campo e a lida», isto é, o trabalho excessivo e mal remunerado, o sofrimento, a mulher transformada em instrumento produtivo. No entanto, como não tem consciência disso, ela é feliz.

. 2.ª parte (estrofes 4 a 6): representa os efeitos da audição do canto da ceifeira no sujeito poético. Este começa por confessar a submissão, em si, do sentimento à razão («O que em mim sente s'tá pensando»), contrastando com a ceifeira: ela é feliz porque é inconsciente, ele é infeliz porque é consciente - pensa. Daí os desejos (impossíveis de concretizar) que, seguidamente, expressa: deseja que a ceifeira continue a cantar e derrame nele a sua voz; deseja transformar-se nela, sem deixar de ser ele mesmo (isto é, possuir a inconsciência dela, mantendo a sua própria consciência); deseja que o céu, o campo e canção entrem em si, disponham da sua alma e o levem, acabando assim com o seu sofrimento. Ou seja, o sujeito poético anseia a dispersão, o aniquilamento para dessa forma terminar com o seu sofrimento, resultante da racionalização do sentir - dor de pensar.

  • Estrutura externa/formal:

----------» 6 quadras - vertente tradicional da poesia de Fernando Pessoa;

----------» versos octossílabos;

----------» rima cruzada (abab);

  • Conclusões:

----------» 1.ª) O sujeito poético é um ser infeliz porque pensa, porque racionaliza em excesso (v. 14), daí que inveje e admire a inconsciência e a espontaneidade da ceifeira;

----------» 2.ª) A ceifeira julga-se feliz, porque apenas sente, não racionaliza, não intelectualiuza as suas emoções. Deste modo, para o sujeito poético, a ceifeira e o seu canto constituem a metáfora da felicidade inatingível.


. Exercício de análise textual - poema «Tudo o que faço ou medito»:
-----1. Na primeira estrofe do poema, o sujeito poético confessa a sua frustração.
----------1.1. Identifique a causa que originou esse sentimento.
----------1.2. De que forma os versos 3 e 4 atestam a impossibilidade de realização do «querer»?
-----2. Interprete o sentido da antítese presente na segunda estrofe.

. Trabalho de casa:
-----» Leitura do poema «Gato que brincas na rua»;
-----» Elaboração do texto de reflexão, a partir do plano traçado individualmente;
-----» Resolução da seguinte ficha de trabalho:

-----O exercício tem a ver com os recursos poético-estilísticos do poema «Autopsicografia». São apresentados três conjuntos: exemplos textuais, recursos expressivos, significado dos mesmos. O que se pede é que construa uma frase no caderno diário ligando os três elementos dados, que aparecem desordenados, pelo que terá de fazer a correspondência adequada. Observe-se o exemplo:
-----A - «é», «finge», «lêem»
-----B - formas verbais no presente do indicativo
-----C - reflectem a natureza teórica do poema...
-----Frase/correspondência: As formas verbais «é», «finge» e «lêem» encontram-se no presente do indicativo, tempo verbal que se adequa à natureza teórica do poema, por um lado, e, por outro, acentua a intemporalidade da mensagem.

A:
-----. «gira», «entreter»
-----. «finge tão completamente»
-----. «O poeta é um fingidor»
-----. «...os que lêem o que escreve...»

B
:
-----. perífrase
-----. formas verbais
-----. frase declarativa
-----. advérbio(s)

C:
-----. reflecte o cariz de texto teórico / programático do poema
-----. remete para um dos dois intervenientes fundamentais do processo poético: os leitores
-----. mostra o elevado grau de intensidade do acto de fingir, isto é, a superlativação desse acto, do fingimento
-----. sugerem a feição lúdica do poema/da poesia

-----------------------------------------------------------------

A:
-----. «calhas de roda»
-----. «O poeta é um fingidor»
-----. «comboio de corda»
-----. última estrofe
-----. sem exemplo
-----. sem exemplo
-----. sem exemplo

B
:
-----. metonímia
-----. metáfora
-----. metáfora
-----. antítese
-----. metonímia
-----. metáfora
-----. imagem

C
:
-----. refere-se à razão, ao pensamento, à intelectualização
-----. oposição razão / sentimento
-----. o coração simboliza a sensibilidade, o sentir
-----. a poesia consiste no fingimento da realidade
-----. a combinação de metáforas
-----. a razão representa o raciocínio, o pensamento, a intelectualização
-----. traduz a feição lúdica do poema