terça-feira, 24 de junho de 2008

Génios a metro...



(c) Antero Valério

Matemática A - Correcção


Read this document on Scribd: Mat635 CC1 08[1]

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Exame de Português - Correcção

Grupo I

A
1. Na primeira estrofe, o sujeito poético apresenta a Ilha dos Amores como o prémio devido aos marinheiros pelos feitos praticados/cometidos, enquanto na segunda associa a atribuição desse prémio a um percurso de virtude que deve ser seguido por quem o quer alcançar. Na terceira estrofe, o sujeito lírico apresenta os deuses como humanos que cometeram feitos de grande valor e que, por isso, foram premiados com a imortalidade.

2. A "Fama" surge, de facto, associada ao processo de imortalidade dos heróis, pois é através dela que os «varões» ascendem ao «estelante Olimpo», em razão das suas «obras valerosas» e do «trabalho imenso». Por outro lado, a "Fama", considerada no texto uma «trombeta de obras tais», dá a conhecer os feitos praticados pelos heróis («feitos imortais e soberanos»). Além disso, é a "Fama", ainda enquanto «trombeta», que confere imortalidade aos seres humanos atribuindo e perpetuando os seus nomes («Lhe deu no Mundo nomes tão estranhos / De Deuses, Semideuses, Imortais, / Indígetes, Heróicos e de Magnos»).

3. A apóstrofe presente na estrofe 92 é a seguinte: «(...) ó vós que as famas estimais, (...)» - verso 29. Através dela, o sujeito poético dirige-se directamente aos portugueses, chamando-os à atenção para a necessidade de despertarem do «ócio ignavo», isto é, da preguiça, da passividade, da apatia. Só assim lhes será possível alcançar a "Fama" («Se quiserdes no mundo ser tamanhos, / Despertai já do sono do ócio ignavo, / Que o ânimo, de livre, faz escravo.»).

4. Ambas as formas verbais encontram-se no modo imperativo e contribuem para o reforço do apelo iniciado pelo sujeito poético na estrofe 92, apontando a necessidade de os portugueses abandonarem o ócio, a passividade, e recusarem/abrandarem a ambição desmedida e a tirania («E ponde na cobiça um freio duro, / E na ambição também...»). Neste caso, as formas verbais não exprimem, propriamente, uma ordem, como é tradicional naquele modo verbal, mas sobretudo um apelo.


B
O comentário deveria fazer referência a alguns dos seguintes aspectos tratados n'Os Lusíadas:
  • Episódio do Velho do Restelo: a condenação da aventura marítima movida pelo desejo de glória e de imortalidade, pela ambição e pela vaidade; a enumeração das consequências desse aventureirismo (as mortes, os perigos, as tormentas, a destruição da família, a ruína económica do reino...);
  • Considerações pessoais do Poeta: a crítica ao ócio, à cobiça, à tirania, à decadência da Pátria, ao dinheiro - fonte de corrupção e traição -, ao desprezo a que os portugueses votaram as Armas e as Letras, ao luxo e requintes desmedidos e supérfluos, ao parasistismo, etc.

Grupo II

1 - C;

2 - A;

3 - B;

4 - C;

5 - D;

6 - B;

7:

  • 1 - H;
  • 2 - A;
  • 3 - C;
  • 4 - G;
  • 5 - F.

terça-feira, 10 de junho de 2008

O papel da mulher no MEMORIAL


Clicar AQUI para uma ligação a um sítio que contém um estudo muito interessante sobre o papel da mulher na Memorial do Convento, originário do Brasil.

Dia de Camões

Irás ao paço.
Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.
E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto
Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência
Este país te mata lentamente.

Sophia de Mello-Breyner Andresen

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ligação de interesse

Ligação a outro BLOGUE com interesse para alunos de Português.

Roteiro de leitura

Ligação ao sítio da Secundária D. Manuel Martins, de onde foi retirado este roteiro de leitura do Memorial. Para quem quiser rever o conteúdo da obra.

Provas de Aferição

In Antero


Se fosse simplesmente uma «piadola»... mas não, é mesmo verdade. Os professores que vigiaram as provas de aferição tiveram de ler um «textinho» deste tipo aos alunos.
A profundidade de pensamento desta «gentinha» do ME é admirável.
A talhe de foice, uma consideração: se o exame de Português do 12.º ano for do mesmo calibre das provas de aferição de Língua Portuguesa dos 4.º e 6.º anos, ninguém vai ficar retido à disciplina; bem pelo contrário, vamos ter classificações formidáveis.
Vai uma aposta?

terça-feira, 3 de junho de 2008

Pólos estruturadores

A acção de Memorial estrutura-se a partir da construção de três núcleos.

O primeiro desses núcleos refere-se aos DOMINANTES, aqueles que detêm o poder e dele fazem uso em seu proveito pessoal. É constituído pela realeza e pelo clero, mais concretamente o alto clero, que, sucessivamente, nos é retratado em termos caricaturais (por exemplo, a relação sexual entre os monarcas, ou a cena em que é descrita a fuga precipitada de um frade, apanhado, em plena relação sexual, por um marido enganado).

O segundo núcleo diz respeito ao universo dos DOMINADOS, contemplando quer os operários que trabalham na construção do convento de Mafra - cujo trabalho denodado e sacrificado o narrador não se cansa de exaltar e, em simultâneo, condenar, por resultar da vaidade e da megalomania do rei -, quer as sequências em que sãop denunciados a guerra, a fome, a mendicidade, a prostituição, a criminalidade, a opressão, as desigualdades sociais, etc.

O último núcelo contempla as situações ALTERNATIVAS, isto é, a construção do convento e a da passarola, bem como a relação amorosa vivida por Baltasar e Blimunda.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Linhas de acção

É possível divisar, no Memorial do Convento, quatro linhas de acção.
A acção principal diz respeito à construção do convento de Mafra, uma acção que entrecruza dados históricos e ficcionais e que se situa nas décadas iniciais do século XVIII. A referida edificação resulta da promessa de D. João V feita nesse sentido, caso a rainha concebesse no espaço de um ano.
Paralelamente, encontramos a história de amor vivida por Baltasar e Blimunda, que constitui, frequentemente, o fio condutor da intriga.
Existe ainda a acção respeitante à construção da passarola, produto do sonho do padre Bartolomeu de Gusmão, um homem visionário que morre, louco, em Toledo.
A finalizar temos a acção centrada sobre o povo que edificou o convento e que constitui o verdadeiro herói do romance, esquecido pela História oficial, por isso mesmo objecto de uma tentativa de resgate ao rio do esquecimento por parte do narrador.

Planos da obra

Em Memorial do Convento, existem três planos:
  • o plano da História: neste primeiro plano, o narrador apresenta-nos o Portugal do século XVIII, em pleno período barroco, uma época de excessos e de acentuadas diferenças sociais;
  • o plano da ficção da História: este plano reflecte-se, sobretudo, na importância que o narrador atribui ao povo anónimo, enquanto personagem colectiva, cujo papel sucessivamente a História ignora; mas também está presente no relato da descrição caricatural da relação entre D. João V e D. Maria Ana, ou no voo da passarola;
  • o plano do fantástico: este nível diz respeito, exclusivamente, à relação amorosa entre Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas.

domingo, 1 de junho de 2008