domingo, 12 de julho de 2009

Avaliações...

FICHA PREENCHIDA (PARA COPY-PASTE) - AUTO-AVALIAÇÃO

Nome do avaliado - PROFESSORA

Categoria - Titular
do seu nariz


Departamento Curricular - Língua Portuguesa e Literaturas



1. Como avalia o cumprimento do serviço lectivo e dos seus objectivos individuais estabelecidos neste âmbito?

-----Avalio com um EXCELENTE. Cá vou vindo todos os dias, como faço há quatro décadas, com a pasta recheada de manuais, livros, dicionários, prontuários, gramáticas, fichas, cadernos, lápis e canetas, uma pen de 4 GB e caneta felpuda para o quadro branco que há nos contentores. Trago a lancheira, uns maços de tabaco, PROZAC e, às vezes, o PC portátil. E trago uns óculos para ver perto (para longe não uso, apesar das cataratas, sou vaidosa…); trago sempre a cabeça entre as orelhas, mãos, braços, pernas e tudo o mais que me faz falta neste domínio.


2. Como avalia o seu trabalho no âmbito da preparação e organização das actividades lectivas? Identifique sumariamente os recursos e instrumentos utilizados e os respectivos objectivos.


-----Avalio com um EXCELENTE. Utilizo todos os recursos supracitados com grande mestria, inclusive as TIC, PPS, PPT, PDFs, Scribd, Word, Excel, Moodle, blogues, data-show, Dvds, Cds de todos os tamanhos e Bics de todas as cores. Só me falta usar mais o quadro interactivo e comprar um Migalhões para guardar o lanche que trago de casa, pois ainda não sou de ferro e na minha idade preciso alimentar-me de forma mais saudável do que engolir cafés em todos os intervalos.


3. Como avalia a concretização das actividades lectivas e o cumprimento dos objectivos de aprendizagem dos seus alunos? Identifique as principais dificuldades e as estratégias que usou para as superar.

-----As actividades lectivas concretizaram-se de modo excelente. Entrámos e saímos vivos e contentes, apesar da falta de espaço, das obras, da poeira, das salas de aula em contentores, da falta de ar circulante, do amianto em cima das cabeças. E segue o baile. Dos objectivos de aprendizagem dos meus alunos, pois eles que falem! Às vezes doem-me as "cruzes", dado que me custa carregar com a tralha toda já referida, mas os alunos, por enquanto, vão ajudando. EXCELENTE.


4. Como avalia a relação pedagógica que estabeleceu com os seus alunos e o conhecimento que tem de cada um deles?

-----EXCELENTE. Apesar de me terem trocado as voltas, de me terem tirado turmas e alunos de continuidade e de me terem dado sessenta e dois novos (ôps… será que foi uma homenagem à minha idade?), para lá dos que já tinha, conhecemo-nos excelentemente. E, quanto à nossa relação, os meus alunos riem-se, muito mais do que choram, à minha beira. E estou certa de que aprendem comigo - ainda há dias, no intervalo, a fumar fora de portas os meus cigarros, uma aluna de doze anos correu para o meu lado e puxou ela também de um cigarro para me acompanhar no gesto. Até esta aprendizagem definida pela ASAE é integralmente cumprida.


5. Como avalia o apoio que prestou à aprendizagem dos seus alunos?

-----EXCELENTE também. E vou tendo sempre clientes nas aulas de reforço, apoio, substituições, salas de estudo... até no jardim em frente à escola, a avaliar com os alunos os galhos das árvores que podem aguentar que se trepe, apoiando-os no exercício, ou a tentar apoiar e compreender a linguagem utilizada pelos jovens casais de alunos, sob as mesmas árvores, a exercitar experiências de natureza físico-química aprendidas nas aulas práticas …


6. Como avalia o trabalho que realizou no âmbito da avaliação das aprendizagens dos alunos? Identifique sumariamente os instrumentos que utilizou para essa avaliação e os respectivos objectivos.

-----EXCELENTE. Estou sempre de olho neles e de ouvido alerta, memória de elefante e caderno mágico para anotações. Consegui preencher todas as grelhas das turmas do ensino regular e recorrente, conforme a legislação específica que muda a cada semana e que já tenho decorada; preenchi cuidadosamente o PIAV das oito turmas com todas as cruzes e percentagens, os cronogramas e as configurações da avaliação de todas as turmas; produzi planificações, relatórios disto e daquilo; consegui fazer todos os diagnósticos, reflexões e análises do APA, dos NEE, dos AOPES, do PEE, do PAA, de todos os PCP (planos curriculares de turma), do PQP (isto não sei bem o que é, mas preenchi…), conforme descrito nas actas de todos os Conselhos de Turma e reuniões de Departamento, Grupos, Minigrupos, etc. E, mais difícil ainda, consegui distribuí-los por níveis, só quatros e cincos no básico, assim como nas turmas do secundário, dezoitos e dezanoves, pois o vinte é para mim, que o mereço por ter contribuído com eficácia para as estatísticas ministeriais referentes ao sucesso educativo.


7. Identifique a evolução dos resultados escolares dos seus alunos. Avalie o seu contributo para a sua melhoria e o cumprimento dos objectivos individuais estabelecidos neste âmbito.

-----EXCELENTE. Este ponto descreverei detalhadamente apenas no final do ano, mas atendendo a que esta escola não costuma ficar bem colocada nos rankings, posso contribuir para essa melhoria e ir dizendo antecipadamente, com alguma alegria, que a maior parte dos alunos do 11.º e 12.º anos já consegue ler e quase todos já escrevem frases utilizando a letra maiúscula no início, apesar das enormes dificuldades com a pontuação e a troca do «b» pelo «v» e bice-bersa.
-----Apesar de nunca lerem as obras
obrigatórias, é notável a ampliação vocabular que revelam devido aos hábitos de aprendizagem adquiridos através dos “Morangos com Açúcar”, obra-prima que pode servir como exemplo de prática inovadora e motivadora, ao invés da leitura de Os Lusíadas ou do Memorial do Convento, obras impostas pelo M.E. e que são a verdadeira causa dos maus resultados desta escola nos exames. Caso esse factor seja objecto de alteração pelo M.E., posso afirmar desde já que os resultados serão excelentes, assim como eu.