domingo, 24 de maio de 2009

Resumo - Cap. X

Baltasar e Blimunda chegam a casa dos pais de Baltasar, em Mafra, mas só encontram sua mãe, pois o pai foi trabalhar. A mãe fica chocada por ver que Baltasar tinha perdido a mão. Blimunda fica entre portas a espera que o marido chame para conhecer a sua nova família. Ela entra e fica a falar um pouco com sua sogra.
No fim do dia, chega João Francisco, pai de Baltasar, e conversam sobre o que tinha acontecido na guerra. Blimunda fala um pouco sobre a sua família e a uma dada altura diz que sua mãe foi degredada porque a tinham denunciado ao Santo Oficio. João Francisco fica preocupado, porque pensa que ela é judia ou cristã nova, mas Baltasar afirma-lhe que sua sogra tinha sido degredada por ter visões e ouvir vozes, acrescentando que pretendem ficar em Mafra e que estão a pensar em comprar casa. Seu pai conta-lhe que vendeu as terras que tinha na Vela, ao rei, porque este queria construir um convento de frades.
Pai e filho vão à salgadeira e tiram um bocado de toucinho, que dividem em quatro tiras e colocam uma em cada fatia de pão que dividem por todos. Ficam a olhar Blimunda para verem se ela come a sua fatia; assim, pode esclarecer se ela é ou não judia. Porém, Blimunda come a fatia e sossega o sogro. Baltasar diz ao pai que precisa de arranjar um emprego para si e para sua mulher, mas todos duvidam que ele o consiga devido à mão.
No dia seguinte, conhecem a nova parente, Inês e seu marido, que falam sobre a morte do filho de D. João V e do seu filho que está doente. Baltasar caminha sobre as terras da Vela e relembra os momentos que ali passou; encontra o seu cunhado e conversa sobre o convento que ali se construirá e sobre os frades que irão vir viver para ali. Ao chegar a casa encontra sua mãe a falar com sua mulher sobre a rainha, que agora visita muitas igrejas e muitos conventos onde reza pelo seu marido que está muito doente. De facto, D. Maria Ana fica em Lisboa a rezar enquanto seu marido se acaba de curar nos campos de Azeitão, onde os franciscanos da Arrábida estão a assistir. O infante D. Francisco, sozinho, em Lisboa, tenta fazer a corte a sua cunhada deitando contas à morte do rei. D. Maria diz-lhe que seu marido ainda não morreu e que não pensa em se casar de novo.

Resumo - Cap. IX

Baltasar e Blimunda mudam-se para a quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, para trabalhar na construção da passarola. Apesar de não ter a mão esquerda, Baltasar tem a ajuda de Blimunda e dos seus poderes mágicos.
Quanto ao padre Bartolomeu de Gusmão, parte para a Holanda, terra de muitos sábios sobre alquimia e éter, elemento que busca, visto que faz com que os corpos se libertem do peso da terra. Assim, abençoa o casal, despede-se e parte.
D. João V, protector do padre face à Inquisição, vê-se confrontado com o protesto das freiras de Santa Mónica por tê-las proibido de falar com outrem que não os familiares.
Baltasar e Blimunda não participam em novo auto-de-fé, antes preferem assistir às touradas, um bom divertimento, em que o touro é torturado enquanto o público delira com tal espectáculo de sangue. Cheira a carne queimada, mas o povo não nota pois está habituado ao churrasco do auto-de-fé.
Na madrugada seguinte, Baltasar e Blimunda partem para Mafra com uma trouxa e alguma comida.

Opiniões - António Barreto

Jornal Público