GRUPO I
A
1. A primeira estrofe remete-nos para o regresso dos marinheiros portugueses à sua pátria - concretamente, a Lisboa («Até que houveram vista do terreno / Em que naceram...») -, numa viagem que decorreu tranquilamente, pois o tempo estava ameno («Com vento sempre manso e nunca irado...» - v. 2) e o mar calmo («... cortando o mar sereno...» - v. 1), e para a glória que, com os seus feitos, alcançaram e que agora vêm entregar ao rei para seu engrandecimento e da Pátria («E à sua pátria e Rei temido e amado / O prémio e glória dão (...) / E com títulos novos se ilustrou.» - vv. 6-8).
2. O sujeito poético começa por se mostrar cansado e desiludido por «Cantar a gente surda e endurecida.»(v. 12), visto que está corrompida pela «cobiça» e num estado de desânimo e apatia, o que origina uma ausência de fervor patriótico e de ânimo.
Perante este panorama, o sujeito poético interpela o rei, apelando a que reconheça o valor dos seus «vassalos excelentes», os quais possuem as qualidades necessárias à restauração da grandeza e orgulho da Pátria: coragem, espírito de missão, espírito de sacrifício. Neste sentido, o sujeito poético faz contrastar a situação do presente (de apatia) com o passado, representado pelos heróis que ele canta / celebra, que se sacrificaram, enfrentando guerras e perigos vários, incluindo a própria morte, para engrandecerem o Rei e a Pátria («Que vencedor vos façam, não vencido.» - est. 184, v. 40), e que se mostraram sempre prontos, obedientes e felizes por os poderem servir.
3. A enumeração presente na estância 147 traduz as virtudes dos «vassalos excelentes» do rei, que suportaram os mais diversos obstáculos e perigos (fomes, vigias, guerras, climas adversos, naufrágios, a própria morte), sempre com coragem e determinação inexcedíveis («Quais rompentes liões e bravos touros...» - estância 147, v. 26). Por outro lado, salienta esses mesmos perigos e obstáculos que tiveram de enfrentar e vencer.
4. O sujeito poético mostra-se cansado e desiludido («Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho / Destemperada e a voz enrouquecida...» - est. 145, vv. 9-10) por o seu canto não ser escutado pela «gente surda e endurecida», que não reconhece o seu talento e o mérito, ocupada que está na satisfação da «cobiça».
Por outro lado, o sujeito poético mostra-se orgulhoso dos «vassalos excelentes», pois representam a glória, a coragem e o espírito patriótico, dispondo-se a enfrentar os maiores perigos e a desenvolver os maiores sacrifícios somente para engrandecerem o Rei e a Pátria («Olhai (...) / Quais rompentes liões e bravos touros...» - est. 147, vv. 25-26; «Por vos ervir, a tudo aparelhados / De vós tão longe, sempre obedientes...» - est. 148, vv. 33-34).
Além disso, ele mostra-se espantado pela ausência de orgulho pátrio e de ânimo nos seus contemporâneos, bem como pela cobiça e corrupção que os dominam («No gosto da cobiça e na rudeza / Duma austera, apagada e vil tristeza.» - est. 145, vv. 15-16).
B
Blimunda e o sonho de voar:
» a união dos seus poderes sobrenaturais / mágicos (a vidência) ao saber de Bartolomeu, à força física de Baltasar e à arte de Scarlatti;
» a recolha das duas mil vontades, necessárias ao voo da passarola;
» a observação atenta dos materiais de construção da passarola;
» a «Santíssima Trindade» que constitui com Bartolomeu e Baltasar.
» a função, conjuntamente com Baltasar, de velar pela manutenção e conservação da passarola.
GRUPO II
Versão 1: Versão 2:
1. - C B
2. - B C
3. - C B
4. - B D
5. - C B
6. - B A
7. - A C
8.
Versão 1: Versão 2:
a - 6 7
b - 8 6
c - 4 8
d - 2 3
e - 7 2
GRUPO III
» Tema - A viagem como possibilidade de descoberta do outro e de si mesmo.
» Argumento 1: Viajar contribui para a descoberta de pessoas diferentes, consequentemente de hábitos, usos e costumes diversos dos nossos.
» Exemplo(s) 1:
a) X foi ao Brasil e descobriu um povo mais alegre, mais desprendido e mais festivo do que o português;
b) Durante o Estado Novo, Portugal era um país fechado e só quem, esporadicamente, viajava tinha acesso a outras realidades e conceitos, como liberdade, democracia, cultura...
» Argumento 2: Viajar muda a forma de ver e pensar o mundo.
» Exemplo(s) 2:
a) A viagem de finalistas da Maria foi à Ásia. Ao constatar a miséria local, decidiu aderir a missões humanitárias no sentido de auxiliar as populações locais;
b) O meu tio Custódio era profundamente racista, característica que fora suscitada pela sua participação na guerra colonial. Quando emigrou para oes Estados Unidos, o contacto permante com pessoas de cor (enquanto vizinhos, colegas de trabalho...) alterou a sua postura.
» Contra-argumento: Hoje, existem outras formas de «viajar».
» Exemplo: A Internet - o «Google-Maps», o «Google-Earth»...
» Conclusão:
- O acto de viajar enriquece-nos cultural e humanamente / socialmente;
- A viagem abre horizontes e desperta-nos para outros e outras realidades, como sucedeu com os descobrimentos portugueses.
» Argumento 2: Viajar muda a forma de ver e pensar o mundo.
» Exemplo(s) 2:
a) A viagem de finalistas da Maria foi à Ásia. Ao constatar a miséria local, decidiu aderir a missões humanitárias no sentido de auxiliar as populações locais;
b) O meu tio Custódio era profundamente racista, característica que fora suscitada pela sua participação na guerra colonial. Quando emigrou para oes Estados Unidos, o contacto permante com pessoas de cor (enquanto vizinhos, colegas de trabalho...) alterou a sua postura.
» Contra-argumento: Hoje, existem outras formas de «viajar».
» Exemplo: A Internet - o «Google-Maps», o «Google-Earth»...
» Conclusão:
- O acto de viajar enriquece-nos cultural e humanamente / socialmente;
- A viagem abre horizontes e desperta-nos para outros e outras realidades, como sucedeu com os descobrimentos portugueses.