terça-feira, 29 de abril de 2008

Tempo da representação

O tempo da representação corresponde à duração da peça e está dependente da extensão do texto, do ritmo sugerido nas didascálias e do encenador, que tem liberdade para fazer as alterações que considerar necessárias, Normalmente, o tempo da representação é curto.

Felizmente há Luar!, por motivos políticos, foi representado pela primeira vez, em antestreia, na sede do Club Franco-Portugais de La Jeunesse, de Paris, no dia 1 de Março de 1969, e foi estreado no dia 30 desse mesmo mês no Théâtre de l’Ouest Parisien, também de Paris.
A primeira apresentação em Portugal aconteceu apenas depois do 25 de Abril de 1974. Realizou-se no Teatro Nacional, em 1978, com encenação do próprio Sttau Monteiro.

Tempo histórico

O tempo histórico remete para o contexto da revolta de 1817 e aparece-nos bem caracterizado nas palavras de Manuel, no início de cada acto, mas também nas palavras de D. Miguel, Beresford, principal Sousa, Vicente e Sousa Falcão, com referências muito claras ao contexto em que se vivia:
  • -» referências à Revolução Francesa;
  • -» referência à revolta de Pernambuco, ocorrida em 1817 e que terá estado também na origem da conspiração portuguesa de 1817;
  • -» referências às invasões francesas;
  • -» referência à fuga da corte portuguesa para o Brasil, na sequência das invasões francesas;
  • -» referência ao facto de os negócios do reino terem ficado a cargo da Regência (Junta Provisória);
  • -» alusão à aliança de Portuguesa com a Inglaterra (os ingleses instalaram-se em Portugal a partir de 1808 para reorganizar a defesa do território);
  • -» o clima de recessão económica e de instabilidade social, decorrentes das invasões francesas;
  • -» as perseguições políticas, baseadas na delação, no favoritismo e na troca de favores, reprimindo a liberdade de expressão, a circulação de ideias e qualquer tentativa de implementação do regime liberal;
  • -» a repressão exercida sobre os conjurados de 1817, levada a cabo pela Junta Provisória;
  • -» a condenação à morte de Gomes Freire.

A 1.ª Vez... Sempre dolorosa

Vida de Prof