Quando se luta, umas vezes ganha-se, outras perde-se. Quando não se luta, perde-se SEMPRE!
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Predicado
1. Definição
O predicado é a função sintáctica desempenhada pelo grupo verbal. Este pode ser constituído somente pelo verbo (O João caiu.) ou complexo verbal (O João foi atacado por um cão.), ou por um verbo e pelos seus complementos e / ou modificadores:
. O Pedro faltou.
. Ele comprou um carro.
. O Antunes ofereceu um presente à namorada.
. Amanheceu.
. Hoje ele está a realizar correctamente os exercícios.
. O rato foi comido pelo gato.
. A Ernestina é feiíssima.
. Julguei-o morto, Mr. Chance.
. Introduziste a pen no computador?
Dito de outro forma, o predicado pode ser constituído por / pelo:
. verbo;
. complemento directo;
. complemento indirecto;
. complemento oblíquo;
. complemento agente da passiva;
. predicativo do sujeito;
. predicativo do complemento directo;
. modificador(es).
2. Identificação do predicado
O predicado pode ser identificado se acrescentarmos e + grupo nominal + também / também não à oração:
. Eu comprei um balão e tu também (também compraste um balão).
. Nós não gostamos de favas e o King Kong também não (também não gosta de
favas).
. O Pedro faltou.
. Ele comprou um carro.
. O Antunes ofereceu um presente à namorada.
. Amanheceu.
. Hoje ele está a realizar correctamente os exercícios.
. O rato foi comido pelo gato.
. A Ernestina é feiíssima.
. Julguei-o morto, Mr. Chance.
. Introduziste a pen no computador?
Dito de outro forma, o predicado pode ser constituído por / pelo:
. verbo;
. complemento directo;
. complemento indirecto;
. complemento oblíquo;
. complemento agente da passiva;
. predicativo do sujeito;
. predicativo do complemento directo;
. modificador(es).
2. Identificação do predicado
O predicado pode ser identificado se acrescentarmos e + grupo nominal + também / também não à oração:
. Eu comprei um balão e tu também (também compraste um balão).
. Nós não gostamos de favas e o King Kong também não (também não gosta de
favas).
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Sujeito (funções sintácticas)
1. Definição (?)
De acordo com a gramática tradicional, o sujeito era aquele que praticava (O João comeu a maçã. - voz activa) ou sofria a acção (O rato foi comido pelo gato. - voz passiva).
De acordo com a gramática tradicional, o sujeito era aquele que praticava (O João comeu a maçã. - voz activa) ou sofria a acção (O rato foi comido pelo gato. - voz passiva).
Segundo a «nova» gramática, o sujeito é a função sintáctica desempenhada pelo constituinte da frase que controla a concordância, em número e pessoa, relativamente ao verbo e, juntamente com o predicado, é um constituinte com função central a nível da frase.
2. Posição
Geralmente, o sujeito surge à esquerda do verbo:
. O Benfica é um grande clube.
No entanto, pode surgir também após o verbo:
. Desapareceu o Cristiano Ronaldo.
. Espanta-me que os alunos não estudem.
. Surgiu um contratempo.
3. Representação
O sujeito pode ser representado por um grupo nominal ou por uma frase:
» Grupo nominal:
. um determinante e / ou quantificador e um ou mais nomes:
. O Antunes caiu.
. Os meus filhos são chatos.
. Todos aqueles filmes me agradam.
. Aquele golo foi irregular.
. O Pedro e a Maria fugiram para o Brasil.
. um nome:
. Mangualde é uma cidade interessante.
. Cantar faz bem à alma. (neste caso, estamos perante uma forma verbal
substantivada - cantar, verificando-se um fenómeno de derivação
imprópria ou conversão).
. um pronome:
. Elas são lindas!
. Eu comprei um «Magalhães».
. Isso é um enorme disparate.
. um nome com modificador:
. Uma bela mulher foi raptada em Peniche. (adjectivo + nome)
. Os alunos que conheço são preguiçosos. (oração adjectiva relativa junto
do nome)
. O golo madrugador foi insuficiente. (nome + adjectivo)
. A Naomi Watts, uma bela mulher, nunca visitou Portugal.
. um nome com complemento:
. O treinador do Benfica inventou contra o Nacional da Madeira.
» Oração:
. uma oração subordinada substantiva completiva:
. É preciso que o Benfica jogue bem.
. É probido dar calduços.
. É evidente que o Eusébio copiou.
. uma oração subordinada substantiva relativa:
. Quem leu Eça de Queirós tem mais dois valores na avaliação.
. Quem cala consente.
Quando o sujeito é constituído por um grupo nominal ou uma oração subordinada substantiva relativa, pode ser substituído por um pronome pessoal, na forma nominativa, com o qual o verbo concorda:
. A televisão avariou. → . Ela avariou.
. Eu e a Josefina assassinámos o poema. → . Nós assassinámos o poema.
Quando o sujeito é constituído por uma oração, pode ser substituído muitas vezes por um pronome demonstrativo:
. É pena que tenhas faltado. → É pena isso.
. Foi lamentável que aquela bola não tivesse entrado. → Foi lamentável aquilo.
Para identificar o sujeito de uma frase, podemos formular uma pergunta ao verbo com o interrogativo Quem ou O que, colocados antes do verbo:
. O Eusébio marcou um golo. → Quem marcou (um golo)? → Resposta: O Eusébio
(= sujeito).
. A televisão avariou. → O que avariou? → Resposta: A televisão (= sujeito).
4. Classificação
4.1. Sujeito simples
O sujeito simples é constituído por um só grupo nominal (cujo núcleo é um nome ou um pronome):
. O Jorge Jesus errou na contratação do Roberto.
. Ele errou na contratação do Roberto.
ou por uma oração:
. Quem tudo quer tudo perde.
. É provável que o Benfica troca de guarda-redes.
4.2. Sujeito composto
O sujeito composto é constituído por mais do que um grupo nominal:
. O Pedro e a Maria assaltaram a caixa de esmolas.
. Eu e tu somos inteligentes.
ou por mais do que uma oração:
. Quem espera e quem tem paciência alcança os seus objectivos.
ou pela combinação de um grupo nominal e de uma oração:
. O Antunes e quem o ama foram de férias para a Guatemala.
4.3. Sujeito nulo
O sujeito é um elemento frásico sintacticamente obrigatório, mas nem sempre está expresso na frase. Quando tal sucede, diz-se que o sujeito é nulo.
Existem três tipos de sujeito nulo:
4.3.1. Sujeito nulo subentendido
Neste caso, o sujeito não está expresso na frase (não tem realização lexical), contudo pode ser recuperado a partir do contexto e pela flexão verbal (pessoa e número):
. Faltámos à aula de Português. → sujeito: nós.
. Chorei desalmadamente a morte do meu pai. → sujeito: eu.
4.3.2. Sujeito nulo indeterminado
Este tipo de sujeito não tem realização lexical e ocorre quando o verbo se encontra na 3.ª pessoa do plural ou do singular, acompanhado, neste último caso, do pronome pessoal se com valor impessoal. Por outro lado, o sujeito nulo indeterminado por ser parafraseado por «alguém», «há quem», «há pessoas que»:
. Disseram que a ministra da Educação se demitiu.
. Falou-se muito no acidente de hoje na A25.
. Diz-se que te vais reformar.
. Bebe-se demasiado álcool em Portugal.
Quem disse? Quem falou? Quem diz? Quem bebe?
Nenhuma das frases permite responder a cada uma das perguntas, daí concluirmos que o sujeito das quatro formas verbais é indeterminado.
4.3.3. Sujeito nulo expletivo
Este tipo de sujeito ocorre com verbos impessoais:
» formas verbais referentes a fenómenos da natureza:
. Anoiteceu.
. Choveu torrencialmente.
. Nevou no Paquistão.
» o verbo haver com sentido de existir:
. Há professores que não têm respeito pelos alunos.
» o verbo haver no início de determinados textos narrativos:
. Há muitos anos, vivia na floresta de Tallac uma ursa...
» o verbo ser:
. São quinze horas e vinte e três minutos.
No entanto, determinadas regiões e determinados grupos sociais realizam o sujeito nulo expletivo recorrendo à forma pronominal pessoal ele, resultando daí uma ênfase da acção ou evento:
. Ele há cada coisa!
. Ele muito trovejou hoje!
2. Posição
Geralmente, o sujeito surge à esquerda do verbo:
. O Benfica é um grande clube.
No entanto, pode surgir também após o verbo:
. Desapareceu o Cristiano Ronaldo.
. Espanta-me que os alunos não estudem.
. Surgiu um contratempo.
3. Representação
O sujeito pode ser representado por um grupo nominal ou por uma frase:
» Grupo nominal:
. um determinante e / ou quantificador e um ou mais nomes:
. O Antunes caiu.
. Os meus filhos são chatos.
. Todos aqueles filmes me agradam.
. Aquele golo foi irregular.
. O Pedro e a Maria fugiram para o Brasil.
. um nome:
. Mangualde é uma cidade interessante.
. Cantar faz bem à alma. (neste caso, estamos perante uma forma verbal
substantivada - cantar, verificando-se um fenómeno de derivação
imprópria ou conversão).
. um pronome:
. Elas são lindas!
. Eu comprei um «Magalhães».
. Isso é um enorme disparate.
. um nome com modificador:
. Uma bela mulher foi raptada em Peniche. (adjectivo + nome)
. Os alunos que conheço são preguiçosos. (oração adjectiva relativa junto
do nome)
. O golo madrugador foi insuficiente. (nome + adjectivo)
. A Naomi Watts, uma bela mulher, nunca visitou Portugal.
. um nome com complemento:
. O treinador do Benfica inventou contra o Nacional da Madeira.
» Oração:
. uma oração subordinada substantiva completiva:
. É preciso que o Benfica jogue bem.
. É probido dar calduços.
. É evidente que o Eusébio copiou.
. uma oração subordinada substantiva relativa:
. Quem leu Eça de Queirós tem mais dois valores na avaliação.
. Quem cala consente.
Quando o sujeito é constituído por um grupo nominal ou uma oração subordinada substantiva relativa, pode ser substituído por um pronome pessoal, na forma nominativa, com o qual o verbo concorda:
. A televisão avariou. → . Ela avariou.
. Eu e a Josefina assassinámos o poema. → . Nós assassinámos o poema.
Quando o sujeito é constituído por uma oração, pode ser substituído muitas vezes por um pronome demonstrativo:
. É pena que tenhas faltado. → É pena isso.
. Foi lamentável que aquela bola não tivesse entrado. → Foi lamentável aquilo.
Para identificar o sujeito de uma frase, podemos formular uma pergunta ao verbo com o interrogativo Quem ou O que, colocados antes do verbo:
. O Eusébio marcou um golo. → Quem marcou (um golo)? → Resposta: O Eusébio
(= sujeito).
. A televisão avariou. → O que avariou? → Resposta: A televisão (= sujeito).
4. Classificação
4.1. Sujeito simples
O sujeito simples é constituído por um só grupo nominal (cujo núcleo é um nome ou um pronome):
. O Jorge Jesus errou na contratação do Roberto.
. Ele errou na contratação do Roberto.
ou por uma oração:
. Quem tudo quer tudo perde.
. É provável que o Benfica troca de guarda-redes.
4.2. Sujeito composto
O sujeito composto é constituído por mais do que um grupo nominal:
. O Pedro e a Maria assaltaram a caixa de esmolas.
. Eu e tu somos inteligentes.
ou por mais do que uma oração:
. Quem espera e quem tem paciência alcança os seus objectivos.
ou pela combinação de um grupo nominal e de uma oração:
. O Antunes e quem o ama foram de férias para a Guatemala.
4.3. Sujeito nulo
O sujeito é um elemento frásico sintacticamente obrigatório, mas nem sempre está expresso na frase. Quando tal sucede, diz-se que o sujeito é nulo.
Existem três tipos de sujeito nulo:
4.3.1. Sujeito nulo subentendido
Neste caso, o sujeito não está expresso na frase (não tem realização lexical), contudo pode ser recuperado a partir do contexto e pela flexão verbal (pessoa e número):
. Faltámos à aula de Português. → sujeito: nós.
. Chorei desalmadamente a morte do meu pai. → sujeito: eu.
4.3.2. Sujeito nulo indeterminado
Este tipo de sujeito não tem realização lexical e ocorre quando o verbo se encontra na 3.ª pessoa do plural ou do singular, acompanhado, neste último caso, do pronome pessoal se com valor impessoal. Por outro lado, o sujeito nulo indeterminado por ser parafraseado por «alguém», «há quem», «há pessoas que»:
. Disseram que a ministra da Educação se demitiu.
. Falou-se muito no acidente de hoje na A25.
. Diz-se que te vais reformar.
. Bebe-se demasiado álcool em Portugal.
Quem disse? Quem falou? Quem diz? Quem bebe?
Nenhuma das frases permite responder a cada uma das perguntas, daí concluirmos que o sujeito das quatro formas verbais é indeterminado.
4.3.3. Sujeito nulo expletivo
Este tipo de sujeito ocorre com verbos impessoais:
» formas verbais referentes a fenómenos da natureza:
. Anoiteceu.
. Choveu torrencialmente.
. Nevou no Paquistão.
» o verbo haver com sentido de existir:
. Há professores que não têm respeito pelos alunos.
» o verbo haver no início de determinados textos narrativos:
. Há muitos anos, vivia na floresta de Tallac uma ursa...
» o verbo ser:
. São quinze horas e vinte e três minutos.
No entanto, determinadas regiões e determinados grupos sociais realizam o sujeito nulo expletivo recorrendo à forma pronominal pessoal ele, resultando daí uma ênfase da acção ou evento:
. Ele há cada coisa!
. Ele muito trovejou hoje!
Funções sintácticas
Os vários grupos que constituem a frase (GN, GV, GPrep, GAdj, GAdv) estabelecem entre si diferentes tipos de relação gramatical, por isso desempenham funções sintácticas específicas:
A. Funções sintácticas a nível da frase:
. Sujeito:
> simples;
> composto;
> nulo:
- subentendido;
- indeterminado;
- expletivo.
. Vocativo
. Modificador da frase
. Predicado:
. Complementos:
> Complemento directo;
> Complemento indirecto;
> Complemento oblíquo;
> Complemento agente da passiva;
. Predicativo do sujeito;
. Predicativo do complemento directo.
. Modificador
B. Funções sintácticas internas a Grupos Nominais:
. Complemento do nome
. Modificador do nome:
> Modificador restritivo;
> Modificador apositivo.
C. Funções sintácticas internas ao Grupo Adjectival:
. Complemento do adjectivo
. Modificador do adjectivo
D. Funções sintácticas internas ao grupo adverbial:
. Complemento do advérbio
A. Funções sintácticas a nível da frase:
. Sujeito:
> simples;
> composto;
> nulo:
- subentendido;
- indeterminado;
- expletivo.
. Vocativo
. Modificador da frase
. Predicado:
. Complementos:
> Complemento directo;
> Complemento indirecto;
> Complemento oblíquo;
> Complemento agente da passiva;
. Predicativo do sujeito;
. Predicativo do complemento directo.
. Modificador
B. Funções sintácticas internas a Grupos Nominais:
. Complemento do nome
. Modificador do nome:
> Modificador restritivo;
> Modificador apositivo.
C. Funções sintácticas internas ao Grupo Adjectival:
. Complemento do adjectivo
. Modificador do adjectivo
D. Funções sintácticas internas ao grupo adverbial:
. Complemento do advérbio
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