quarta-feira, 24 de junho de 2009

Excesso de vocabulário

(c) Antero

terça-feira, 16 de junho de 2009

Correcção do Exame Nacional 2009

Grupo I

A


1. As duas personagens, principal Sousa e D. Miguel, dois dos governantes, constatam que o povo abandonou a sua atitude de medo, de conformismo e de resignação, passando a evidenciar a sua revolta contra a situação que vive.

-----Essa mudança está bem evidenciada no facto de cantar músicas com letras subversivas, de colar panfletos apelando à revolução nas portas das igrejas, de falar abertamente de revolução («antro de revoltados») e de actos de violência («guilhotinas») e de se querer instruir («... é cada vez maior o número dos que só pensam aprender a ler.»).

2. São vários os sentimentos que a mudança de comportamento do povo desperta nos dois governadores.
-----Assim, no caso de principal Sousa, nota-se o seu ódio («... o ódio que tenho aos Franceses...»), a sua exaltação / estupefacção / indignação perante o comportamento popular («Veja, Sr. D. Miguel, como eles transformaram esta terra de gente pobre mas feliz num antro de revoltados.»), a sua decisão / determinação em sufocar a revolta e manter o estado de coisas («Temos uma missão a cumprir (...): a de conservar no jardim do Senhor este pequeno canteiro português.»), bem como o desprezo / ódio que sente por Beresford e o desgosto / a forma contrariada como aceita o seu auxílio («Ao que o mundo chegou, para que me veja obrigado a aceitar o auxílio de um herege a fim de combater outros hereges...»).
-----Relativamente a D. Miguel, sente-se desiludido / desanimado («Fala como um homem desiludido.»), descrente / impotente para deter o rumo dos acontecimentos («A polícia não chega para arrancar os pasquins revolucionários das portas das igrejas...») e esperançado («Se a Europa nos desse ouvidos...»), esperança essa que, pelo seu carácter fraco e pouco resoluto, logo se desvanece.

3. Beresford é um militar («Beresford vem fardado») decidido / determinado / convicto («A Europa... Deixai-a, que ela nem se perde nem carece dos vossos conselhos.»), prático / pragmático («... não vim aqui para perder tempo com conversas filosóficas...»), irónico / sarcástico relativamente a principal Sousa («Poupe-me os seus sermões, Reverência. Hoje não é domingo e o meu senhor não é vassalo de Roma.»), materialista / interesseiro por desejar conservar, a todo o custo, o seu posto e o «vencimento» («... da decisão que tomarmos, dependem a cabeça de V. Ex.ª, Sr. D. Miguel, os meus 16 000$ anuais...»).

4. São vários os recursos estilísticos presentes no excerto:
  • Metonímia: «Se a Europa nos desse ouvidos...»;
  • Comparação: «O mundo parece atacado de loucura...»;
  • Antítese: «... combate eterno entre o bem e o mal...»;
  • Adjectivação: «(missão) sagrada e penosa»;
  • Metáfora / Imagem: «... jardim do Senhor...»; «... este pequeno canteiro português...»;
  • Apóstrofe: «Excelências»;
  • Ironia: «Hoje não é domingo e o meu senhor não é vassalo de Roma.».

B

-----A partir do poema «Autopsicografia», fazer referência, por exemplo:

  • A arte nasce da realidade: a dor realmente sentida pelo poeta;
  • A poesia não é a representação directa da realidade, antes consiste no fingimento dessa realidade: a dor fingida;
  • O fingimento / intelectualização da realidade deve ser objectivada em texto (o poema);
  • O fingimento é expresso de forma tão intensa / «autêntica» que parece mais autêntico do que a própria realidade;
  • Ao leitor está destinada a fruição artística do poema.

Grupo II

Versão 1:

-----1. A

-----2. C

-----3. B

-----4. A

-----5. D

-----6. A

-----7. C

-----8.

--------. 1 - e

--------. 2 - f

--------. 3 - g

--------. 4 - a

--------. 5 - b

Versão 2:

-----1. B

-----2. B

-----3. A

-----4. C

-----5. A

-----6. C

-----7. D

-----8.

--------. 1 - d

--------. 2 - e

--------. 3 - f

--------. 4 - h

--------. 5 - a

Exame de Português 2009 - 1.ª Chamada

Exame 2009 - 1.ª Chamada
Exame 2009 - 1.ª Chamada Sisifo

É a Hora!


domingo, 14 de junho de 2009

Resumo - Cap. XXV

Blimunda procura incansavelmente Baltasar durante nove anos. Quem a vê passar julga-a louca, mas, depois de lhe reconhecerem a sensatez das palavras e dos actos, ficam indecisos. A partir de determinada altura, passa a ser conhecida por A Voadora, ouvindo com frequência os queixumes de outras mulheres, que se lamentam pelo facto de os seus companheiros / maridos não terem também desaparecido, de forma que elas pudessem dedicar-lhes um amor semelhante ao evidenciado por Blimunda e Baltasar. Já os homens, quando ela parte, ficam inexplicavelmente tristes.
Pela sétima vez, Blimunda passa por Lisboa na sua demanda e chega ao Rossio, onde se desenrola um auto-de-fé, com onze condenados à fogueira. Entre eles encontram-se o escritor António José da Silva, conhecido por O Judeu, e um homem maneta - Baltasar. Blimunda olha-o e, antes de ele perecer, recolhe a sua vontade.

Resumo - Cap. XXIV

Baltazar não regressa a casa. Blimunda, que o esperava ao cair do dia, não dorme e,em jejum, olhando as pessoas que passam para a festa da sagração da basílica, sentada numa vala, contempla-os. Mais tarde, regressa a casa e ceia com os cunhados e o sobrinho. Nessa noite, volta a não dormir.
Perante a ausência e em desespero, decide procurar o amado, esperando-o pelos caminhos, até que chega a Monte Junto e aí encontra o seu alforge, mas nem sinal de Baltasar e da passarola. Encontra, então, um frade que a tenta violar e que ela assassina com o espigão do amado. Depois regressa a Mafra, esperançada no seu regresso, mas em vão.
Nesse mesmo dia, pelo fim da tarde, chegam Álvaro Diogo e Inês António, que a encontram a dormir. Na manhã seguinte, ela esquece-se de comer o pão e olha-os por dentro.
De seguida, nova referência história: 22 de Outubro de 1730, dia em que D. João V completa quarenta e um anos e se inaugura o convento de Mafra.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Resumo - Cap. XXIII

A infanta Maria Bárbara casa-se em Espanha com D. Fernando, dois anos mais novo do que ela e uma figura que foi rei desde 1746, conhecido como Fernando VI, mas que viveu afastado dos negócios do Estado, por instigação da sua madrasta. Junto à fronteira espanhola, Domenico Scarlatti toca o seu cravo para a multidão de incultos.
No início deste capítulo, o narrador refere a procissão que levará os santos com destino aos altares do convento de Mafra: S. Francisco, Santa Teresa, Santa Clara, S. Vicente, S. Sebastião e Santa Isabel. Seguem também para Mafra frei Manuel da Cruz e os seus noviços, onde são recebidos em triunfo.
Baltasar regressa a casa muito debilitado. Depois, juntamente com Blimunda, vai ver as estátuas, vêem a lua nascer enorme e vermelha. Posteriormente, anuncia-lhe que se deslocará a Monte Junto na manhã seguinte para aferir do estado da passarola.
Quando amanhece, Blimunda levanta-se, junta o farnel do marido e acompanha-o até fora da vila de Mafra, despedindo-se da seguinte forma: «Adeus Blimunda, Adeus Baltasar».
Ao chegar ao seu destino, Baltasar come as sardinhas que Blimunda lhe preparara e apresta-se para trabalhar na passarola.

Resumo - Cap. XXII

Preparam-se os casamentos de Maria Vitória, princesa espanhola, com o príncipe português D. José e de Maria Bárbara, filha de D. João V, com o príncipe espanhol D. Fernando. No decurso do capítulo, é descrito o percurso efectuado por Maria Bárbara e pela família real até Espanha, durante o qual a comitiva atravessa várias cidades portuguesas e enfrenta diversas dificuldades, sobretudo de cariz meteorológico. Somos ainda informados acerca da construção de várias propriedades reais destinadas a acolher a comitiva durante o trajecto.
Sobre Maria Bárbara, o narrador informa-nos que tem 17 anos, não é formosa nem bonita, mas é «boa rapariga». Além disso, é de notar que a princesa vai para Espanha sem nunca ter visitado o convento de Mafra, que estava a ser erigido para celebrar o seu nascimento.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Resumo - Cap. XXI

A ambição de D. João V não pára. Agora, deseja construir uma basílica dedicada a S. Pedro em Lisboa. No entanto, dissuadido por João Frederico Ludwig, o arquitecto do convento de Mafra, que lhe diz que essa construção demoraria tanto tempo que o rei poderia já não estar vivo para a inaugurar, D. João V, em alternativa, decide aumentar a capacidade do convento de oitenta para trezentos frades, para o que será necessário dispender uma quantia superior de (mais) dinheiro e (mais) homens.

Então começaram as obras, mas depois o rei decidiu que a inauguração do novo convento seria no dia dos seus anos, que calhava num domingo, daí a dois anos; após essa data, o seu próximo dia de anos, que calhasse num domingo só seria daí dez anos e poderia ser muito tarde. Como dois anos seria pouco tempo para a construção do novo convento, D. João V mandou os seus homens irem buscar outros homens a todas as partes do país; estes eram recrutados contra a sua vontade, como escravos, indo assim trabalhar para as obras do convento, para este estar pronto a tempo. Alguns destes homens chegaram até a morrer com fome e perdidos a tentar voltar para casa.

Resumo - Cap. XX

Baltasar desloca-se novamente a Monte Junto para proceder à manutenção da passarola que, mesmo protegida pelo mato e por um silvado, se vai degradando e começa a apresentar ferrugem nas lâminas e brechas no entrançado de vime. Numa dessas viagens, Blimunda, argumentando que gostaria de conhecer o caminho para o caso de necessitar deslocar-se ao local sozinha, acompanha-o, decorando, durante o trajecto, o nome das vilas que iam atravessando.
No dia seguinte, regressam a Mafra. Nessa noite, falece João Francisco, o pai de Baltasar.

O Estado da Educação ou em Quem os Portugueses Confiam

(c) Revista Visão (edição 847 - 28 de Maio a 3 de Junho)

Resumo - Cap. XIX

Nas obras do convento, Baltasar começa por puxar carros de mão, até que, com a ajuda de João Pequeno, passa a trabalhar com uma junta de bois, fazendo companhia ao seu amigo corcunda.
Entretanto é necessário ir a Pêro Pinheiro buscar uma pedra descomunal, comparada pelo narrador a uma nau da Índia com calhas, tarefa que exige a construção de um carro de transporte, além de 400 bois e mais de vinte carros.
A pedra era, de facto, tão gigantesca que, no primeiro dia, apenas percorreram quinhentos passos; no segundo, a situação complicou-se, dado que o trajecto era a descer e foi necessário meter calços nos carros para os travar. Um dos trabalhadores, Francisco Marques, morreu esmagado por um carro, cuja roda lhe passou sobre o ventre; dois animais tiveram de ser mortos após serem atingidos pelo carro da pedra.
Em resumo, o transporte da pedra entre Pêro Pinheiro e Mafra demorou oito dias e custou a vida de (mais) homens e animais.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Resumo - Cap. XVIII

D. João V está sentado numa cadeira elaborando um rol dos seus bens e riquezas, meditando acerca do que irá fazer às enormes somas de dinheiro de que dispõe, concluindo que deverá empregá-las na salvação da alma, daí que as empregue na construção do convento de Mafra. Todos os materiais empregues na sua edificação são de primeiro qualidade: de Portugal veio a pedra, o tijolo e a lenha para queimar; da Alemanha, o arquitecto; de Itália, os mestres carpinteiros; da Holandam os sinos e os carrilhões.
Blimunda, Inês Antónia, Álvaro Diogo e o filho esperam Baltasar, para jantarem com o velho João Francisco que mal mexe as suas pernas. Acabado o jantar, Álvaro Diogo dorme a sesta. Baltasar, que bebe desde que soube da morte do padre Bartolomeu Lourenço, e os seus amigos conversam acerca das suas vidas e falam de como eram antes de trabalharem em Mafra. Baltasar tem 40 anos, sua mãe já morreu e seu pai mal pode andar; esteve na guerra e aí perdeu a sua mão, voltando a Mafra mais tarde; comenta que nem sabe se perdeu a sua mão na guerra ou se foi o Sol que a queimou, porque afirma que subiu uma serra tão alta que, quando estendeu a mão, tocou no Sol e queimou-o. Os colegas de trabalho comentam que tal é impossível, visto que só tocaria no Sol se voasse como os pássaros, ou então seria bruxo. Baltasar nega dizendo que não é bruxo, acrescentando que ninguém o ouviu dizer que voou.

Opiniões

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Resumo - Cap. XVII

Baltasar, abalado pela recente perda da mãe, e Blimunda guardam segredo da passarola, para evitar sarilhos com a Inquisição. No dia seguinte, Baltasar sai com o cunhado em busca de emprego nas obras do convento. Em Mafra, recebem a notícia de um terramoto que abalou Lisboa.
Dois meses depois, o casal vai viver para Mafra. Baltasar vai verificar o estado da passarola e constata que se encontra no mesmo sítio, ainda que descaída para um lado e apoiada na asa debaixo de uma cobertura de ramagens já secas.
Scarlatti encontra-se também em Mafra, em casa do Visconde, após ter solicitado ao rei permissão para visitar as obras do convento, e comunica a Baltasar que o padre Bartolomeu de Gusmão morreu em Toledo. No dia seguinte, regressa a Lisboa.

domingo, 7 de junho de 2009

10 em 11

Há catorze anos foi assim:

Quinto e final jogo do play-off de 1994-1995, antigo pavilhão n.º 1 do Estádio da Luz: Benfica 75 vs F. C. Porto 57 = 10.º título de campeão nacional do SLB em onze anos.

Comentador: o saudoso professor João Coutinho.

Carlos Lisboa

Correcção

-----A propósito de um comentário entrado há pouco sobre o facto de as regiões autónomas da Madeira e dos Açores não serem distritos (originado pela sua colocação enquanto tal na «sondagem» sobre a origem dos utilizadores deste blogue), apenas se me oferece dizer que tenho consciência plena desse facto, portanto não se trata de ignorância. Esteja, pois, descansado o autor do comentário.
-----A sua colocação nessa «categoria» foi uma forma de ultrapassar uma limitação do próprio blogger. Aceito a crítica de que se poderá tratar de uma opção errada, mas ignorância, repito, não. Esteja descansado o amigo usuário.

sábado, 6 de junho de 2009

Tanto tempo passou entre nós!


Para quem gosta tanto de futebol como de basquetebol, hoje é um dia significativo, dado que, catorze anos depois, o Benfica conquistou novamente o título nacional na segunda modalidade, e logo comandado por duas das figuras máximas do clube na sua época dourada: Henrique Vieira, antigo base, hoje treinador, e o enorme Carlos Lisboa, o maior basquetebolista português de sempre, actualmente a dirigir as modalidades, que curiosamente se iniciou, em Portugal, no Sporting.

Estamos a falar de um homem que simboliza aquilo que o SLB deveria ser mas deixou de ser: grande qualidade técnica e táctica e um absoluto desejo de vencer, respeitando sempre o adversário nas vitórias (muitas) e nas derrotas. Juntamente com ele, outros nomes se destacaram: além do citado Henrique Vieira, Pedro Miguel, Artur Leiria, Mike Plowden (recentemente falecido), Jean Jacques, José Carlos Guimarães, Carlos Seixas, Steve Rocha, Flávio Nascimento, Luís Silva, Fernando Carlos, João Seiça, comandados, na maior parte dos títulos, pelo grande timoneiro, professor Mário Palma.

Em homenagem àquela magnífica equipa e ao seu extraordinário capitão, criou-se o hábito de, no extinto pavilhão da Luz, se entoar o célebre «Cheira bem, cheira a Lisboa».

Hoje, na hora da vitória, não queria falar à comunicação social, preferindo atribuir os louros e o palco aos treinadores e jogadores.

Esperámos 14 anos por isto, mas valeu a pena. Obrigado, Carlos, mais uma vez!

Uma leitura da Obra

1. Autor

2. Contexto
3. Acção

4. Personagens

5. Espaço

6. Tempo

7. Classificação do romance

8. Narrador

9. Linguagem

10. Simbolismo

11. Crítica

12. Exercícios

13. Power Point

14. Sítios

Uma questão de ovos..

(c) http://antero.wordpress.com/

Época de exames aproxima-se...




segunda-feira, 1 de junho de 2009

Transgressões - Código ficcional

  • A Música vence a Doença;
  • A história vence a História;
  • O espaço da ficção é o espaço da Utopia, da Liberdade Suprema;
  • O Sonho é a Transcendência Humana.