Esta personagem representa os soldados que consideravam Gomes Freire de Andrade um herói. O “antigo soldado do regimento de Gomes Freire” (p. 13) mostra-nos a influência do general sobre os seus homens. Por um lado, faz deles defensores da liberdade, por outro, deixou-lhes o orgulho e a saudade dos tempos em que combatiam com ele (p. 17). “Gomes Freire é o seu herói.” (pp. 19 a 22), mas, como os outros populares, o Antigo Soldado não tem capacidade de reacção: “Prenderam o general... Para nós, a noite ainda ficou mais escura... E agora? (Ninguém responde)” (p. 99).
Ele, que agora se inclui no grupo dos populares miseráveis, recorda, nostálgica e orgulhosamente, os tempos em que combateu no exército comandado por Gomes Freire: “Aqui onde me vêem já andei nas guerras...” (p. 19). Mas agora ele é a prova viva de que Vicente tem razão quando afirma que os soldados, que fazem parte do povo, servem os generais só enquanto têm capacidades, depois são abandonados à sua vida miserável: “Este homem está aqui porque já não serve para nada. Ouviram? Está aqui porque já não interessa aos generais. O que eles querem é servir-se da gente! Quando um homem chega a velho e já não pode andar por montes e vales, de espingarda às costas, para eles se encherem de medalhas, tratam-no como um pobre fugido à polícia: abandonam-no, mandam-no para a porta das igrejas pedir esmola...” (p. 22).
No Acto II, são visíveis o sofrimento e a decepção do Antigo Soldado quando se dá a prisão do general. Acabrunhado, afirma: “Prenderam o general... Para nós, a noite ainda ficou mais escura...” (p. 80). É evidente o pessimismo da personagem ao fazer esta afirmação. Associados à noite surgem o obscurantismo em que vivia o povo e o desalento dos que acreditavam no general. Não há, agora, qualquer réstia de luz, isto é, qualquer esperança. Tristemente, o 1.º Popular, perante as palavras do Antigo Soldado, afirma em tom profético: “É por pouco tempo, amigo. Espera pelo clarão das fogueiras...” (p. 80). O clarão das fogueiras corresponderá à morte de Gomes Freire de Andrade, mas não, contrariamente ao que os governadores pensavam, ao final da luta pela liberdade.
Ele, que agora se inclui no grupo dos populares miseráveis, recorda, nostálgica e orgulhosamente, os tempos em que combateu no exército comandado por Gomes Freire: “Aqui onde me vêem já andei nas guerras...” (p. 19). Mas agora ele é a prova viva de que Vicente tem razão quando afirma que os soldados, que fazem parte do povo, servem os generais só enquanto têm capacidades, depois são abandonados à sua vida miserável: “Este homem está aqui porque já não serve para nada. Ouviram? Está aqui porque já não interessa aos generais. O que eles querem é servir-se da gente! Quando um homem chega a velho e já não pode andar por montes e vales, de espingarda às costas, para eles se encherem de medalhas, tratam-no como um pobre fugido à polícia: abandonam-no, mandam-no para a porta das igrejas pedir esmola...” (p. 22).
No Acto II, são visíveis o sofrimento e a decepção do Antigo Soldado quando se dá a prisão do general. Acabrunhado, afirma: “Prenderam o general... Para nós, a noite ainda ficou mais escura...” (p. 80). É evidente o pessimismo da personagem ao fazer esta afirmação. Associados à noite surgem o obscurantismo em que vivia o povo e o desalento dos que acreditavam no general. Não há, agora, qualquer réstia de luz, isto é, qualquer esperança. Tristemente, o 1.º Popular, perante as palavras do Antigo Soldado, afirma em tom profético: “É por pouco tempo, amigo. Espera pelo clarão das fogueiras...” (p. 80). O clarão das fogueiras corresponderá à morte de Gomes Freire de Andrade, mas não, contrariamente ao que os governadores pensavam, ao final da luta pela liberdade.
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