- é um elemento do povo que se encontra descontente, frustrado e revoltado com a sua condição social; tem inclusive vergonha das suas origens;
- procura ultrapassar esse sentimento de inferioridade através de uma ascensão político-social rápida, obtida pela denúncia e pela traição;
- o seu percurso é marcado por várias etapas:
– provocador e agitador (início do acto I), procura denegrir a imagem de Gomes Freire;
– espião (vigia a casa do general);
– delator (espera uma recompensa ao denunciar o general);
– acusador (confirma a existência das reuniões e indica o nome dos conspiradores); - representa a hipocrisia, o servilismo, o materialismo e o oportunismo daqueles que não olham a meios para atingir os seus fins;
- adulador (conquista as simpatias dos governadores, pactua com a polícia);
- calculista e hipócrita (responde a D. Miguel com frases dúbias para se certificar da sua posição em relação ao primo);
- apenas acredita em duas coisas: no dinheiro e na força;
- como recompensa do seu “trabalho”, é promovido a chefe da polícia, passando a ignorar e maltratar os conhecidos e os da mesma classe: “Olhou para mim como se nunca me tivesse visto. Estendi-lhe a mão e [Vicente] deu-me uma cacetada na cabeça!”;. suscita no espectador/leitor antipatia, no entanto Vicente é lúcido na análise que faz da sua situação de origem e da força corruptora do poder.
Quando se luta, umas vezes ganha-se, outras perde-se. Quando não se luta, perde-se SEMPRE!
terça-feira, 6 de maio de 2008
Vicente
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário